Quando a guerra parece não ter fim : uma intervenção psicoterapêutica em perturbação stress pós-traumático de guerra

Abstract

Para muitos veteranos de guerra, a guerra nunca acaba. Imagens, pesadelos, sensações corporais inexplicáveis, mantêm a vivência de um mal estar incontrolável e muitas vezes quase insuportável. Para além desta revivência contínua, as sensações de embotamento emocional, dificuldades de concentração, instabilidade, instabilidade e dificuldade de controlo de impulsos tornam difícil a construção de uma vida pessoal, familiar e social alternativa. Esta é uma resposta "normal" em pessoas que vivem momentos de uma enorme activação fisiológica e emocional, associados a experiências de extremo mal estar, muitas vezes de ameaça à vida, como são as situações de guerra, e designa-se por Perturbação Pós-Stress tarumático. Neste artigo abordamos essencialmente os objectivos e as fases de um modelo de intervenção psicoterapeutica em sujeitos com Stress Pós Traumático de Guerra.

For many war veterans, the war never ends. Images, nightmares, and unexplainable corporal sensations maintain the existence of an almost uncontrollable and sometimes unbearable discomfort. Besides this continuous re-enactment, the emotional numbing sensations, the concentration difficulties, and the instability and difficulty in impulse control make alternative family, personal, and social life formation very difficult. This is a "normal" reaction in people that experience episodes of great physiological and emotional arousal associated to extreme discomfort experiences, and often life threatening, as is the case of war situations. This reaction is denominated as the Post Traumatic Stress Disorder. In this article we will approach the aims and the phases of a psychotherapeutic intervention model with subjects diagnosed as presenting Post Traumatic Stress Disorder of War.

Para muchos veteranos de guerra ésta nunca acaba; imágenes, pesadillas, sensaciones corporales inexplicables mantienen la vivencia de un malestar incontrolable y muchas veces casi insoportable. Más allá de esta revivencia continua, Ias sensaciones de embotamiento emocional, dificultades de concentración, inestabilidad y dificultad de control de los impulsos hacen difícil Ia vida personal, familiar y social. Se trata de una respuesta "normal" en personas que viven momentos de una enorme activación fisiológica y emocional, asociados a experiencias de extremo malestar, muchas veces amenazantes para la propia vida, como la situación de guerra, denominándose trastorno de estrés postraumático. En este artículo se abordan los objetivos y Ias fases de un modelo de intervención psicoterapéutica en sujetos con estrés postraumático de guerra.