[Recensão] História do cinema, um arquivo aberto

Abstract

[Excerto] Se a cultura é um arquivo aberto, tal assunção pressupõe uma reinterpretação constante daquilo que nesse arquivo foi depositado, tanto o que persistiu como o que foi esquecido; mas o facto de ser um arquivo aberto implica também que tanto as permanências como as ausências não sejam definitivas. Por esse motivo, Stuart Hall (2003/2006), por exemplo, considerou que a cultura não era uma arqueologia, mas uma produção, pois possuía os seus recursos no trabalho produtivo. E daí irrompe o real valor do conhecimento, que só subsiste se for permanentemente reatualizado.

[Excerpt] Assuming culture is an open archive, this perspective presupposes a constant reinterpretation of what has been deposited in that archive, encompassing both what has persisted and what has been forgotten. Still, the fact that it is an open archive also suggests that both permanences and absences are not definitive. Hence, Stuart Hall (2003/2006) argued that culture should be viewed as a production rather than archaeology. He emphasised that culture draws its resources from productive work. There is where the real value of knowledge arises, which only persists if it is permanently re-updated.