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TítuloQuestionário endereçado à comunidade académica sobre perspetivas de carreiras para doutorados
Autor(es)Rodrigues, Ana João
Zille, Andrea
Lúcio, Joana
Castro, Nuno Filipe
Cerca, Nuno
Pires, R. A.
DataMar-2023
EditoraUniversidade do Minho
Resumo(s)[Sumário executivo] Mais de vinte anos passados sobre a publicação do Estatuto da Carreira de Investigação Científica é natural que a comunidade Académica se interrogue sobre as suas limitações e eventual necessidade de adaptação à realidade atual. Também na Universidade do Minho o muito significativo aumento do número de Investigadores tornou esta questão mais premente. É neste contexto que o Conselho Geral da Universidade do Minho decidiu auscultar a opinião da comunidade sobre a Carreira de Investigação, e possíveis evoluções da mesma, e eventuais outras Carreiras para Doutorados, quer a nível nacional, quer a nível interno. Aproveitou-se também esta oportunidade para fazer o levantamento das condições de trabalho dos investigadores e de algumas questões conexas. Para tal foram disponibilizados questionários online anónimos destinados aos Investigadores/as, Docentes e Diretores/as dos Centros de Investigação da Universidade do Minho. Foram recebidas 1779 respostas a este inquérito, distribuídas da seguinte forma: 1236 respostas de Investigadores/as, 517 respostas de Docentes e 26 respostas das Direções dos Centros de Investigação. Tal corresponde a taxas de resposta de 84,3% para os/as Investigadores/as doutorados (e 46,5% incluindo os investigadores/as não doutorados), 38,1% para os/as Docentes e 54,2% para as Direções de Centro inquiridas. No que diz respeito ao caminho a seguir relativamente à estrutura da carreira de investigação na UMinho, 95% dos/as respondentes Investigadores/as concordam que a carreira de investigação necessita de uma revisão legislativa. A maioria (63%) considera que a carreira de investigação deve ser mantida separada da Carreira Docente, sendo que 53% dos/as respondentes não concorda com a possibilidade da fusão das duas carreiras. Em concordância com os dados dos investigadores/as, a ampla maioria (91%) dos/as docentes concorda com a necessidade de uma revisão legislativa da Carreira de Investigação. No entanto 55% dos respondentes Docentes consideram que as duas carreiras devem manter-se separadas. Verifica-se nas respostas recebidas um consenso alargado em que o financiamento público é insuficiente para suportar de forma sustentada as posições necessárias no âmbito da Carreira de Investigação. É de assinalar que 91% dos/as respondentes Investigadores/as concordam que para os/as doutorados/as que não pretendam assumir funções de liderança científica deve ser criada uma nova carreira técnica de apoio à ciência. Adicionalmente 81% dos/as respondentes concordam com a integração da posição de Investigador Júnior na Carreira de Investigação, sendo que apenas 22% dos/as respondentes consideram que a posição de Investigador Júnior deve existir apenas para contratos temporários. A população docente diverge da opinião da população investigadora em relação a este último ponto, sendo que 53% dos/as respondentes consideram que a posição de Investigador Júnior deverá apenas ser incluída como posição temporária e não de carreira. A totalidade das direções de centros respondentes considera importante ou muito importante a criação de uma posição de técnico/a doutorado/a de gestão de ciência. 92% considera importante ou muito importante a criação da posição de técnico/a doutorado/a de comunicação em ciência, e 74% considera importante ou muito importante a criação da posição de técnico/a doutorado/a de laboratório. Foram também incluídas perguntas sobre a avaliação de desempenho, com respostas que apontam para a pertinência da revisão das regras e processo associados, bem como sobre as condições de trabalho científico na Universidade do Minho. Os indicadores melhor valorados pelos/as Investigadores/as foram as bibliotecas (72% consideraram-nas adequadas ou muito adequadas), os laboratórios de investigação (65%) e as salas de reuniões (64%). Já os espaços de socialização (27% consideraram-nos desadequados ou muito desadequados), o acesso a equipamentos científicos (26%) e o apoio administrativo (20%) foram os indicadores menos positivos. Verificou-se maior diversidade de opiniões entre Docentes e Diretores/as de Centros de Investigação. A comunidade de Investigadores/as da Universidade do Minho foi também auscultada relativamente a diversos aspetos da sua participação em processos eleitorais destinados à eleição de órgãos da Unidade Orgânica que integram. 74% dos/as respondentes indicou nunca ter participado (em qualquer capacidade) numa iniciativa deste tipo. Quanto aos motivos para essa não participação, pouco menos de metade dos/as respondentes indicou não ser elegível, com cerca de um quarto a indicar falta de oportunidade. Não obstante o reduzido envolvimento reportado, uma larga maioria dos/as Investigadores/as considera importante a representação deste corpo nos vários órgãos de governo da UMinho, matéria que poderá merecer reflexão por parte da Universidade. Mais do que apontar conclusões, o presente relatório pretende documentar as respostas recebidas por parte dos/as Investigadores/as, Docentes e Direções de Centros de Investigação, na convicção de que estas podem fornecer um importante contributo para a reflexão em curso, no País, bem como na Universidade do Minho, sobre a possível evolução da Carreira de Investigação e a criação de novas carreiras de apoio à atividade científica, no quadro das políticas de emprego científico. O inquérito e o presente relatório foram elaborados por um grupo de trabalho constituído por Investigadores e Docentes da Universidade do Minho, que foi apoiado por um grupo consultivo constituído por Ana Maria Marote, Anabela Alves, Anabela Gonçalves, António Salgado, Artur Ribeiro, Bruna Silva, Cláudia Botelho, Cristiana Abay, Diana Ferreira da Conceição, Diego Martínez, Elizabete Mercês, Filipe Teixeira Gil, Giuseppe Ballacci, Hugo Oliveira, Isabel Macedo, Jorge Ribeiro, Nídia Sousa, Pedro Domingues, Renato Gonçalves, Ricardo Vilaça, Richard Breia, Silvana Martins, Sílvia Monteiro, Sílvio Santos, Vítor Correlo Silva e Vítor Correia.
TipoRelatório
DescriçãoRelatório elaborado pela Comissão Especializada de Educação, Investigação e Interação com a Sociedade (CEEIIS)
URIhttps://hdl.handle.net/1822/83962
AcessoAcesso aberto
Aparece nas coleções:BUM - Outros

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