Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/50984

TítuloValter Hugo Mãe: a máquina da criação grotesca
Autor(es)Mateus, Isabel Cristina
Editor(es)Nogueira, Carlos
Palavras-chaveValter Hugo Mãe
Grotesco
Máquina
Figurações do corpo
Literatura portuguesa contemporânea
Pós-modernidade
DataOut-2016
EditoraPorto Editora
CitaçãoMateus, I. C., "Valter Hugo Mãe: a máquina de criação grotesca". In: Nogueira, C. (2017), Nenhuma Palavra é Exacta: estudos sobre a obra de Valter Hugo Mãe. Porto. Porto Editora
Resumo(s)Valter Hugo Mãe é hoje um autor de referência na literatura portuguesa contemporânea, pese embora a desconfiança a que o meio académico português continua a votar a sua obra, porventura mais ditada por preconceitos do que fundada numa leitura atenta. Seja pela suspeição com que a crítica literária portuguesa tem acolhido o autor, seja pelo percurso ainda recente ou pela estranheza de uma escrita que subverte categorias e gramáticas convencionais, a obra de Valter Hugo Mãe carece de estudos críticos rigorosos que venham pôr em relevo uma das mais coerentes vozes autorais da actualidade e uma das mais estimulantes leituras do mundo contemporâneo e do Portugal pós-adesão à união europeia, em particular. Saramago chamou-lhe um “tsunami”, Mia Couto viu na sua escrita “um gentil sismo” capaz de fazer estremecer a “nossa condição de leitores de livros e do universo”. Ferreira Gullar não deixará de sublinhar a estranheza narrativa, a força “subversiva, aparentemente natural, que o anima, Alberto Manguel destaca também ele a “estranheza” da escrita, ao mesmo tempo que realça “o desdobramento magistral de personagens estranhas e únicas”. E por último, o poeta sírio Adonis não deixa de assinalar uma “narração que desarranja a narrativa através de uma perturbação lenta e sistemática de todos os caminhos [sic]” (...) um tipo de transgressão que permite que o mundo se transforme num movimento metamórfico permanente”. Não será certamente por acaso que as palavras “estranho”, “tsunami”, sismo, subversivo, desarranjo, perturbação, se repetem na leitura de autores tão diversos. Estranheza ou estranhamento, mais do que uma forma de definir a experiência literária em geral, são aqui, muito em particular, modos de dizer o indizível que define a experiência do grotesco enquanto leitura do mundo pós-humano, um dos aspectos mais marcantes da escrita valteriana que o presente artigo pretende analisar.
TipoCapítulo de livro
URIhttps://hdl.handle.net/1822/50984
ISBN978-972-0-04887-5
AcessoAcesso aberto
Aparece nas coleções:CEHUM - Livros e Capítulos de Livros

Ficheiros deste registo:
Ficheiro Descrição TamanhoFormato 
img-130172025.pdf7,51 MBAdobe PDFVer/Abrir

Partilhe no FacebookPartilhe no TwitterPartilhe no DeliciousPartilhe no LinkedInPartilhe no DiggAdicionar ao Google BookmarksPartilhe no MySpacePartilhe no Orkut
Exporte no formato BibTex mendeley Exporte no formato Endnote Adicione ao seu ORCID