Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/45245

TítuloRisco na infância: Os contornos da evolução de um conceito
Autor(es)Martins, Paula Cristina
Palavras-chaveRisco
Infância
Data2008
EditoraEditora Vozes
Resumo(s)O tema do risco tem vindo a tornar-se recorrente, de forma mais ou menos explícita, nos discursos contemporâneos, não obstante as diferentes origens, linguagens, formatos e objectos que estes possam adoptar, não se circunscrevendo a um conjunto de áreas do viver ou disciplinas do saber específicas. De algum modo, pelos menos potencialmente, atravessa todas as dimensões da existência, porque é indissociável da experiência humana do (des)conhecimento. Abrange, pois, uma infinidade de domínios como o económico-financeiro e o médico, o desportivo e o rodoviário, o psicológico e o social e níveis de análise: da teorização à investigação e intervenção. Se a ideia de risco se apresenta como uma noção de contornos poucos precisos que atravessa as representações do senso comum, já o discurso científico, em diferentes áreas do conhecimento, tem vindo a realizar um notável esforço analítico no sentido de operar a sua delimitação conceptual. Deste investimento decorre a multiplicação sucessiva de redefinições em torno de um objecto complexo que, se não pode ser apreendido senão na sua globalidade, também não pode iludir a sua natureza contextual e carácter específico. Particularmente no domínio da infância, o volume crescente de estudos registado pela literatura da especialidade, a par da multiplicação de reuniões e de apresentações científicas sobre esta problemática, reflecte uma intenção de vigilância e normalização das práticas de prestação de cuidados e dos contextos de vida. Aliás, a expressão criança em risco vulgarizou-se pelo uso frequente de que tem sido objecto, especialmente nos discursos político e mediático. Esta utilização arbitrária tem vindo a esvaziá-la de conteúdo e sentido, como se a própria denominação fosse auto-explicativa; dispensando qualquer aposto de especificação, prescinde-se da definição da área do risco. Indo mais além, há mesmo autores que defendem que o risco constitui uma noção nuclear na compreensão ocidental e moderna da infância (Jenks, 1996; Scott et al., 1998, cit. por Brownlie, 2001), assim configurada como um objecto naturalmente problemático. Neste sentido, torna-se interessante compreender o significado desta condição, porque constitui um vector de análise da situação de muitas crianças, agida, gerida e apreendida pelo seu mundo envolvente.
TipoCapítulo de livro
URIhttps://hdl.handle.net/1822/45245
ISBN9788532637161
AcessoAcesso restrito autor
Aparece nas coleções:CIEC - Livros e Capítulos de Livros

Ficheiros deste registo:
Ficheiro Descrição TamanhoFormato 
Risco na Infancia (digitalizado).pdf
Acesso restrito!
6,72 MBAdobe PDFVer/Abrir

Partilhe no FacebookPartilhe no TwitterPartilhe no DeliciousPartilhe no LinkedInPartilhe no DiggAdicionar ao Google BookmarksPartilhe no MySpacePartilhe no Orkut
Exporte no formato BibTex mendeley Exporte no formato Endnote Adicione ao seu ORCID