A natureza não reza: sobre a tetralogia "O reino de Gonçalo M. Tavares"

Abstract

Esta dissertação interpreta os quatros romances de Gonçalo M. Tavares que constituem a tetralogia O Reino. Entende-os sobretudo como uma reflexão, ou um ensaio, até porque neles a dominante é epistemológica, sobre o humano, questionado também pelo que de maquínico ou de animal possua. Os romances em questão apontam para a «máquina antropogénica» (Giorgio Agamben) que as diversas produções culturais engendram. Este núcleo interpretativo expandir-se-á rizomaticamente não só para outros temas levantados pelos romances, como para outros textos literários, filosóficos, jornalísticos, ensaísticos e para filmes. Este facto terá como resultado a criação de pontuais relações intertextuais.

This dissertation interprets the four Gonçalo M. Tavares‘s novels that form the series called O Reino (The Kingdom). This dissertation sees these novels as a reflection, or an essay, even because on them the epistemological dominant is the most important one, about the idea of human, also questioned by what this idea has of machinic or animal. The novels at stake point to the «antropogenic machine» (Giorgio Agamben) engendered by all the cultural productions. This interpretative core will rhizomatically expand not only to other topics raised by the novels, but also to other kind of texts, such as some literary, philosophical, journalistic, essayistic ones and to films as well. This fact will result in the creation of specific intertextual connections.