Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/87056

TítuloO princípio da dignidade humana como matriz do novo paradigma dos cuidados médicos: a humanização da medicina e suas implicações ético-jurídicas
Autor(es)António, Isa
Macedo, João Carlos Gama Martins
Palavras-chavePrincípio da dignidade humana
Humanização da medicina
Consentimento informado
Cuidados médicos
Bioética
Accountability
Exemplos concretos de falta de humanização na medicina
DataJul-2023
EditoraInstituto Iberoamericano de Estudos Jurídicos (IBEROJUR)
CitaçãoAntonio, I.; Macedo, J.(2023). O Principio da Dignidade Humana como Matriz do Novo Paradigma dos Cuidados Médicos: A Humanização da Medicina e suas Implicações Ético-Jurídicas.InLivro de Resumos do II Congresso Internacional Desafios dos Direitos Humanos. Fábio da Silva Veiga, Susana Sardinha Monteiro, Cátia Marques Cebola, (Coord). Porto: Instituto Iberoamericano de Estudos Jurídicos e Instituto Jurídico Portucalense.
Resumo(s)[Excerto] A humanização dos cuidados de saúde tem entrado no discurso corrente do setor da saúde, dando se como caso paradigmático a especialidade da obstetrícia, em que uma franja da sociedade clama pelo denominado parto humanizado ”. Outro aspeto em que centramos o presente estudo é o da autodeterminação do doente no âmbito dos cuidados de saúde, enquanto consequência imediata da aplicação do princípio da dignidade da pessoa humana. A autodeterminação através do respeito pela vontade do doente encerra, em si mesma, um dos princípios basilares e mais caros à bioética e ao Direito da Saúde. Existem várias dimensões do novo paradigma dos cuidados de saúde. O direito à informação clínica, o consentimento informado, livre e esclarecido e o cumprimento dos princípios char neira da bioética, como o princípio do primado do ser humano, o princípio da beneficência, o princípio da não maleficência e o princípio da justiça são apenas alguns dos fatores determinantes para a implementação da transição do modelo clássico hipocrático para o modelo hodierno da autodeterminação do doente. Esta é condição de efetividade da própria humanização da medicina. O consentimento do doente revela se imprescindível à efetivação da autodeterminação na prestação de cuidados de saúde. Esta assume se, atualmente, como um traço estruturante do novo paradigma na saúde caracterizado pelo empoderamento do doente no que à sua vida, à sua saúde concerne. O epicentro não é ( mais ) o profissional de saúde, personificados na pessoa do médico ”, mas no doente que deixou de ser visto como um mero objeto sobre o qual se procede a atos clínicos. Assistimos, pois, a uma transição marcante no que à saúde concerne: o foco está no doente ” e não mais no prestador de cuidados de saúde ”. A razão de ser indicada para esta inversão de importâncias ” consubstancia se na necessidade de ser assegurada a relação especial (e ancestral) entre doente e profissional de saúde assente na confiança. Confiança, esta, que apenas poderá ser alcançada por meio de cumprimento da vontade do doente, sendo certo que o valor da lealdade vincula ambos, pois é, de parte a parte, a pedra de toque ” para a prestação de cuidados de saúde. Assistimos, pois, ao abandono do ancestral paternalismo clínico ”, de inspiração Hipocrática, ao mesmo tempo que se reconhece ao doente um conjunto de direitos humanos a ser respeitados no exercício da medicina sintetizados na expressão de autodeterminação do doente.[...]
TipoResumo em ata de conferência
URIhttps://hdl.handle.net/1822/87056
ISBN978-989-35052-2-9
Arbitragem científicayes
AcessoAcesso aberto
Aparece nas coleções:ESE-CIE - Livros de atas / Papers in conference proceedings

Ficheiros deste registo:
Ficheiro Descrição TamanhoFormato 
SKM_95823102318051.pdf351,2 kBAdobe PDFVer/Abrir

Este trabalho está licenciado sob uma Licença Creative Commons Creative Commons

Partilhe no FacebookPartilhe no TwitterPartilhe no DeliciousPartilhe no LinkedInPartilhe no DiggAdicionar ao Google BookmarksPartilhe no MySpacePartilhe no Orkut
Exporte no formato BibTex mendeley Exporte no formato Endnote Adicione ao seu ORCID