A adoção das tecnologias de informação e comunicação nas instituições da economia social em Portugal

Abstract

As Tecnologias de Informação e Comunicação mudaram a nossa forma de encontrar informações, de comunicar, interagir, realizar negócios. Conseguiram alterar a nossa vida nas suas diversas dimensões. As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) afetaram o dia-a-dia dos indivíduos, mas não só. Elas têm um forte impacto no crescimento macroeconómico, na medida em que vieram alterar a realidade das empresas, o que, por sua vez, afeta a sociedade. Isto permite uma melhoria do nível de vida e do bem-estar social dos indivíduos. Com esta investigação pretendeu-se descrever e quantificar como as entidades do setor da Economia Social veem as TIC e as adotam no seu dia-a-dia, através os dados primários obtidos através de um inquérito por questionário, conseguimos auferir que 81,8% das entidades tem um website próprio e 61,1% utiliza as redes sociais. Cerca de 66,7% das entidades não possuem pessoal ao serviço especialista em TIC. Perto de 1/5 das entidades (18,2%) utiliza dispositivos interconectados que podem ser motorizados ou controlados remotamente através da Internet das coisas (IoT). Cerca de 94% das entidades não utilização a robótica nem efetuam análise de big data. Os dados secundários provenientes do Inquérito ao Setor da Economia Social e do Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação nas Empresas permitiram-nos ter uma visão da adoção das TIC pelas empresas. As entrevistas foram essenciais no momento de perceber qual a importância que os profissionais da Economia Social lhe atribuem, descrevendo benefícios e possíveis dificuldades neste processo. Todos os entrevistados descrevem positivamente o impacto da tecnologia na realização do serviço e cumprimento da sua missão enquanto entidade da Economia Social, tenha ela sido adotada antes ou após a pandemia COVID-19. Os principais desafios levantados pelos entrevistadas no que concerne à adoção das TIC são a resistência à mudança, a iliteracia digital do pessoal ao serviço, orçamentos limitados e a necessidade de alteração da visão sobre a Economia Social. O uso de diferente tipo de dados foi imperativo aquando das conclusões do presente estudo.

Information and Communication Technologies have changed the way we find information, communicate, interact, do business. They affected our life in many of its different dimensions. Information and Communication Technologies have affected the daily lives of those in need, but not only. They have a strong impact on macroeconomic growth, as they change the reality of companies, which, in turn, affects society. This allows for an improvement in the standard of living and social well-being of individuals. The purpose of this research is to describe and quantify how the Social Economy sector sees ICTs and how they adopt them in their day-to-day, through data that seek entities through a survey by primary, through entities they intend to obtain that 81.8% of the entities have their own website and 61.1% use them as social networks. Around 66.7% of the entities do not have staff specialized in ICT. 1/5 of the entities (18.2%) use interconnected devices that can be motorized or separated through the Internet of Things (IoT). About 94% of entities do not use robotics or perform big data analysis. Secondary data from the Survey on the Social Economy Sector and the Survey on the Use of Information and Communication Technologies in Companies allow us to have a view of the adoption of ICT by companies. The interviews were essential when it came to understanding the importance that Social Economy professionals attribute to difficulties, describing the benefits and possible difficulties in this process. All cost-effective technology processes significantly impact service delivery and fulfillment of its social mission, whether it was adopted before or after the COVID-19 pandemic. The main challenges raised by the interviewees regarding the resistance to personal change of ICT, the digital illiteracy from service to service, budgets are limited and the need for vision on the social economy. The use of a different type was mandatory when present in the study.