Assessment of antigenotoxic activity of Dittrichia viscosa

Abstract

A resistência do nosso genoma é testada diariamente não só por agentes exógenos, de natureza física, química e biológica, mas também por fatores endógenos, que podem causar genotoxicidade e citotoxicidade. Para contra-atacar estes efeitos nocivos, as células possuem vários mecanismos capazes de reparar o ADN ferido, no entanto, em algumas situações os danos estão para além da reparação e a patogénese ocorre. Os investigadores têm a oportunidade de criar novas estratégias terapêuticas com plantas que têm sido usadas na medicina tradicional desde há séculos. Esta possibilidade pode ser muito benéfica para o bem-estar dos seres humanos, por exemplo, para travar ou retardar o desenvolvimento de várias doenças associadas ao envelhecimento. Uma dessas plantas de interesse é a Dittrichia viscosa, típica dos países que circundam o mar Mediterrâneo e consequentemente empregada pela sua população na medicina tradicional. O objetivo deste estudo é verificar se o extrato aquoso de Dittrichia viscosa subsp. revoluta tem atividades biológicas, concretamente, atividade antigenotóxica. E se assim for, compreender o seu mecanismo de ação. Os resultados dos ensaios in vitro, da atividade antioxidante pela captura do radical livre DPPH e da quantificação do conteúdo fenólico total, sugerem que o extrato estudado tem atividade antioxidante devido ao seu conteúdo fenólico, em parte. Além disso, foram realizadas experiências in vivo com o organismo modelo, Schizosaccharomyces pombe, onde foram avaliados as viabilidades, a morfologia nuclear e os comprimentos das leveduras tratadas com o extrato da planta, hidroxiureia e a combinação de ambas. Os resultados obtidos desses testes indicam que o extrato da planta afetou a atividade de HU, um inibidor da replicação do ADN, após um longo período de tempo. Em conclusão, a o extrato aquoso de Dittrichia viscosa subsp. revoluta exibiu atividade antigenotóxica parcialmente explicada pela sua atividade antioxidante.

The resistance of our genome is tested on daily basis by not only exogenous agents of physical, chemical and biological nature, but also, by endogenous factors, that can cause genotoxicity and cytotoxicity. To counterattack these harmful effects, cells possess several mechanisms capable of repair injured DNA, nevertheless, in some situations the damage is beyond reparation and pathogenesis takes place. Investigators have the opportunity to create new therapeutic strategies with plants that have been used in traditional medicine from centuries ago. This possibility could be very beneficial for the wellbeing of humans, for example, to halt or retard the development of several diseases associated with ageing. One of those plants of interest is Dittrichia viscosa, typical from countries surrounding the Mediterranean Sea and consequently employed by their population in traditional medicine. The objective of this study is to verify if Dittrichia viscosa subsp. revoluta aqueous extract has biological activities, concretely, antigenotoxic activity. And if so, comprehend its mechanism of action. The results from in vitro assays, DPPH radical scavenging activity and the quantification of total phenolic content, suggest that the studied extract has antioxidant activity due to their phenolic content, in part. Moreover, in vivo experiments were performed with the model organism, Schizosaccharomyces pombe, where the viability, nuclear morphology and lengths of yeasts cells treated with the plant extract, hydroxyurea and the combination of both, were assessed. The obtained results from those tests point out that the plant extract affected the HU activity, an inhibitor of DNA replication, after a long period of time. In conclusion the Dittrichia viscosa subsp. revoluta aqueous extract had antiogentotoxic activity partially explained by its antioxidant activity.