Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/62890

TítuloÀ (re)descoberta de um Karl Marx vitoriano e de um legado marxiano na arte e na política britânicas
Autor(es)Guimarães, Paula Alexandra
Palavras-chaveMarx
Literatura
Vitoriano
Arte
Política
Data2020
CitaçãoGuimarães, Paula Alexandra. (2020). À (Re)Descoberta de um Karl Marx Vitoriano e de um Legado Marxiano na Arte e na Política Britânicas. In Karl Marx: Legado, Críticas e Atualidade. ICS-UMINHO, Braga. (SUBMETIDO)
Resumo(s)(Re)Discovering a Victorian Karl Marx and a Marxian Legacy in British Art and Politics In 1849, Karl Marx exiled himself in Victorian England (London), where he remained until his death (1883). We analyse the impact of this improbable stay, his early interest in literature, and his rich legacy in the politics, the literature, and the arts of the country that received him. We compare his work, especially The Capital (1867), to that of English novelists (including Dickens and Gaskell), which were influenced by the blue books and the ideas of political economists. We describe his contact with radical political figures, such as Ernest Jones and Julian Harney, and his active participation in the class struggle in England. We discuss his relationship with the utopian socialism of Robert Owen and William Morris, as well as the unusual legacy of his English daughter, Eleanor Marx. Keywords: Marx, Victorian, literature, art, politics
Judeu errante e ativista polémico, Karl Marx foi um ‘cidadão do mundo’ que cedo se exilou na Inglaterra (1849) e onde permaneceu, com a sua família, até à sua morte – cerca de 34 anos ou mais de metade da sua vida. Apesar de impedido de seguir uma carreira académica, Marx foi um intelectual versátil, frequentador assíduo da British Library (pesquisa dos ‘blue books’) e admirador e conhecedor de autores como Shakespeare, Fielding ou P. B. Shelley, tendo chegado a escrever poesia na sua juventude. Interessa-nos, por isso, analisar o seu importante legado na literatura e nas artes do país que o recebeu, mas que nunca lhe concedeu cidadania. Tal como alguns romancistas ingleses (incluindo Dickens e Eliot), Marx foi muito influenciado pelas ideias dos economistas políticos Adam Smith e David Ricardo, apoiando sobretudo o utilitarismo radical de Jeremy Bentham. Contactou de perto com as figuras mais radicais do período, nomeadamente o sindicalista pioneiro Robert Owen e o Cartista revolucionário Ernest Jones, tendo testemunhado o momento singular do nascimento da luta de classes e do capitalismo em Inglaterra, experiências que seriam vertidas nas suas obras mais carismáticas, o Manifesto Comunista (1848) e O Capital (1867-), por alguns apelidado de ‘romance vitoriano’. Apesar das suas divergências em relação ao chamado ‘socialismo utópico’ e ao ‘socialismo feudal’ ou ‘conservador’, Marx teria chamado a atenção do poeta, artista e ativista socialista William Morris, que viria a publicar alguns dos seus escritos. Em 1883, Marx é enterrado na condição de apátrida no Cemitério de Highgate, Londres, onde, em 1954, o Partido Comunista Britânico construiu uma lápide com o seu busto. Por sua vez, nas décadas de 60 a 80, uma teorização neomarxista seria adotada por nomes influentes como os de E.P. Thomson e Eric Hobsbaum, os historiadores britânicos mais inspirados pela teoria social de Marx.
TipoArtigo em ata de conferência
URIhttps://hdl.handle.net/1822/62890
Arbitragem científicayes
AcessoAcesso aberto
Aparece nas coleções:CEHUM - Artigos em livros de atas

Ficheiros deste registo:
Ficheiro Descrição TamanhoFormato 
Publicação Marx versão FINAL.pdfem publicação544,14 kBAdobe PDFVer/Abrir

Partilhe no FacebookPartilhe no TwitterPartilhe no DeliciousPartilhe no LinkedInPartilhe no DiggAdicionar ao Google BookmarksPartilhe no MySpacePartilhe no Orkut
Exporte no formato BibTex mendeley Exporte no formato Endnote Adicione ao seu ORCID