Utilize este identificador para referenciar este registo:
https://hdl.handle.net/1822/43036
Título: | O império contra-ataca: a produção secreta de propaganda feita por estrangeiros para projecção internacional de “Portugal do Ultramar” |
Outro(s) título(s): | The empire strikes back: the secret production of propaganda by foreign directors to gain international projection for the "Portugal of the overseas" |
Autor(es): | Piçarra, Maria do Carmo |
Palavras-chave: | Luso-tropicalismo Propaganda cinematográfica Estado Novo Filmes coloniais Projecção cinematográfica Representações coloniais Filme-palimpsesto Discurso Luso-tropicalism Cinematographic propaganda Estado Novo/ New State Colonial Cinema Film projection Colonial representations Film-palimpsest Discourse |
Data: | 2016 |
Editora: | Centro de Investigação Media e Jornalismo (CIMJ) |
Revista: | Media & Jornalismo |
Resumo(s): | Quando se iniciou a contestação internacional à posse de colónias por Portugal,
como é que o Estado Novo usou o cinema na projecção de uma retórica luso-tropical?
A partir de 1965, vários documentários realizados pelos franceses Jean-Noel Pascal-
-Angot e Jean Leduc foram exibidos internacionalmente, no circuito comercial de
distribuição cinematográfica, em festivais, nas televisões e mostrados às principais
organizações não governamentais. O financiamento desta produção supostamente
independente - em que o Brasil era apontado como o modelo social em recriação
em Angola enquanto que o funcionamento da Commonwealth era assumidamente
inspirador em Moçambique -, dando enfoque ao desenvolvimento económico e social,
foi mantido confidencial. “Do Minho a Timor somos todos portugueses” era a
“evidência” que este cinema encomendado queria impor.
Através da análise de filmes de propaganda do colonialismo português realizados
por realizadores franceses questiono, porém, se a afirmação do “orgulhosamente
sós” foi uma declinação retórica, para afirmação da política colonial internamente,
enquanto para o exterior se projectava, progressivamente e com maior
intensidade durante o Marcelismo mas ainda durante o Salazarismo, a imagem
de outro Portugal, menos espartilhado, em termos de costumes, e aberto ao capital
estrangeiro. When the United Nations began to question the possession of colonies by Portugal, how were films used by Estado Novo to project a luso-tropical rhetoric? From 1965, documentaries directed by French filmmakers Jean-Noel Pascal-Angot and Jean Leduc were showed internationally in cinemas, film festivals, televisions and were presented to the major non-governmental organizations. The Portuguese regime’s funding to this production supposedly independent - in which Brazil was appointed as the social model in recreation in Angola and the functioning of the Commonwealth was presented as inspiring for Mozambique – was kept confidential. “From Minho to Timor we are all Portuguese” was the “evidence” that this commissioned film production wanted to impose. Through the analysis of these international colonial propaganda films commissioned by Portuguese regime, I question, however, if Salazar’s claim of Portugal standing “proudly alone” was a rhetorical declination, only to affirm internally the colonial policy, while abroad it was being projected an image of another Portugal, less corseted in terms of customs, and open to foreign capital. |
Tipo: | Artigo |
URI: | https://hdl.handle.net/1822/43036 |
DOI: | 10.14195/2183-5462_29_3 |
ISSN: | 1645‑5681 |
Arbitragem científica: | yes |
Acesso: | Acesso aberto |
Aparece nas coleções: | CECS - Artigos em revistas nacionais / Articles in national journals |
Ficheiros deste registo:
Ficheiro | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
MCP_2016_revista_cimj.pdf | 504,85 kB | Adobe PDF | Ver/Abrir |