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TítuloPrevalência e determinantes do consumo de bebidas alcoólicas em alunos do 3º Ciclo do Ensino Básico e Secundário : implicação para a construção de um programa preventivo
Autor(es)Magalhães, João Paulo Alves de
Orientador(es)Precioso, José
Data2010
Resumo(s)A OMS tem alertado para o impacto negativo que o consumo de bebidas alcoólicas tem na saúde dos adolescentes e jovens adultos, bem como para a relação entre a ingestão de álcool e a elevada sinistralidade registada nestas faixas etárias. O aumento do consumo nas raparigas deixa também antever um agravamento dos problemas pré e pós natais se as futuras mães continuarem a consumir álcool durante a gravidez e o aleitamento. Para promover a prevenção ou a alteração das condutas associadas a este hábito nefasto, é necessário saber quando, onde e porque os adolescentes adoptam este comportamento. Com este conhecimento, estaremos em melhores condições para desenvolver iniciativas preventivas em meio escolar ou em qualquer outro contexto. Com base nestes pressupostos, desenvolvemos esta investigação que tem como objectivos: 1) caracterizar o padrão de consumo de bebidas alcoólicas dos alunos da amostra, 2) identificar alguns factores socio-demográficos relacionados com o consumo de bebidas alcoólicas no agregado familiar e 3) determinar alguns factores de risco relacionados com o consumo de bebidas alcoólicas, pelos alunos da amostra. Participaram neste estudo 312 alunos do 3.º Ciclo do Ensino Básico e Secundário. Os dados foram recolhidos através da aplicação de um questionário anónimo de auto resposta, que incluía questões para medir a prevalência do consumo e questões para identificar os determinantes do consumo de bebidas alcoólicas. Os dados foram tratados no programa estatístico SPSS, tendo sido determinadas prevalências de consumo e estabelecidas associações entre variáveis de consumo de bebidas alcoólicas. Aplicou-se o teste do Qui-quadrado para determinar a associação entre as variáveis (de categoria) relacionadas com o consumo e o Odds-Ratio para medir a “força” dessa relação. Os resultados obtidos revelam que 13.5% dos alunos consomem regularmente (diária e semanalmente) bebidas alcoólicas e 53.3% fazem-no ocasionalmente. A prevalência de consumidores regulares de bebidas alcoólicas é maior nos rapazes (21.1%) do que nas raparigas (4.8%). O tipo de bebida alcoólica mais consumida pelas raparigas é o champanhe (36,4%) e pelos rapazes é a cerveja (32.4%). Constata-se que 36.7% dos alunos já se embriagaram pelo menos uma vez na vida. Esta conduta é mais frequente nos rapazes. Os dados deste estudo permitem concluir que os factores de risco associados com o consumo de bebidas alcoólicas pelos adolescentes da amostra são: ser pouco assertivo; ter mãe, irmãos e/ou namorado(a) consumidor(a) de bebidas alcoólicas; percepcionar que a maioria dos jovens da sua idade e dos seus amigos é consumidor; ser pressionado pelos amigos para o consumo; ter reprovado e percepcionar que o melhor amigo(a), namorado(a) ou outras pessoas gostavam que consumisse bebidas alcoólicas. Parecem não ter efeito preventivo ter ouvido falar nas desvantagens da ingestão de álcool e a prática de exercício físico. As escolas devem proceder à elaboração de programas de prevenção destinados a controlar estes factores de risco, sobretudo programas que desenvolvam nos jovens competências individuais para resistir às influências que os podem levar a consumir. Na implementação desses programas devem estar envolvidos os professores e os profissionais de saúde. Para além dos alunos, também os pais devem ser alvo de iniciativas preventivas.
TipoDissertação de mestrado
DescriçãoDissertação de mestrado em Ciências da Educação (área de especialização em Educação para a Saúde)
URIhttps://hdl.handle.net/1822/13675
AcessoAcesso restrito UMinho
Aparece nas coleções:BUM - Dissertações de Mestrado

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