The impact of adverse childhood experiences on emotional and behavioral problems in institutionalized children: the contributions of epigenetic mechanisms

Abstract

Introdução: Experiências Adversas na Infância (EAI) consistem em acontecimentos negativos na infância com um impacto profundo a nível social e de saúde ao longo da vida, classificadas em dimensões de ameaça (ex., abuso físico) e de privação (ex., negligência), com impactos distintos a desenvolvimental. A adversidade pode ser biologicamente integrada através de processos epigenéticos, como a metilação do ADN. A metilação do gene NR3C1 compromete a sua expressão, alterando a reatividade ao stress através do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal, resultando em problemas emocionais e comportamentais. Objetivo: identificar o impacto diferencial e cumulativo das EAI na metilação do gene NR3C1 e subsequente impacto a nível emocional e comportamental, em crianças institucionalizadas. Método: foram avaliadas 136 crianças de instituições portuguesas, considerando os motivos de admissão a cuidado institucional como EAI. Problemas emocionais e comportamentais foram avaliados através da CBCL 1.5-5 e o nível de metilação do gene NR3C1 foi avaliado através de amostras de saliva. Resultados: exposição a um número mais elevado de EAI corresponde a níveis mais elevados de metilação do gene NR3C1. Adicionalmente, este estudo gera questões sobre a fiabilidade do instrumento CBCL 1.5-5 para medir problemas emocionais e comportamentais em contexto institucional.

Introduction: Adverse Childhood Experiences (ACEs) consist of negative childhood events with a profound impact on social and health outcomes throughout life, classified into two dimensions, threat (e.g. physical abuse) and deprivation (e.g. neglect), with distinct developmental impacts. Adversity can be biologically embedded through epigenetic processes, such as DNA methylation. Methylation of the NR3C1 gene compromises its expression, altering stress reactivity through the hypothalamic-pituitary-adrenal axis, resulting in emotional and behavioral problems. Objective: to identify the differential and cumulative impact of EAI on NR3C1 gene methylation and subsequent impact on emotional and behavioral levels in institutionalized children. Method: 136 children from Portuguese institutions were evaluated, considering the reasons for admission to institutional care as ACEs. Emotional and behavioral problems were assessed using the CBCL 1.5-5 and the methylation level of the NR3C1 gene was assessed using saliva samples. Results: children exposed to a higher number of ACEs display higher levels of NR3C1 gene methylation. Additionally, this study raises questions about the reliability of the CBCL 1.5-5 instrument for measuring emotional and behavioral problems in an institutional setting.