The effects of organizational culture on expatriates and repatriates’ cross-cultural adjustment, general satisfaction and withdrawal intentions

Abstract

This study explored the organizational antecedents of cross-cultural adjustment and its outcomes, namely expatriates and repatriates' general satisfaction and withdrawal intentions. Specifically, this study examined the effects of organizational culture dimensions of sociability and solidarity on expatriates and repatriates' cross-cultural adjustment, general satisfaction and withdrawal intentions. The data was obtained through 30 semi-structured interviews to Portuguese international workers (Study I) and through a questionnaire survey to 221 expatriates and repatriates from different nationalities (Study II). Qualitative data were examined using thematic content analysis, and quantitative data were analyzed using one-way analysis of variance (ANOVA) and hierarchical regression analysis. Factor analyses found support for the research variables of organizational culture (sociability and solidarity), culture novelty, crosscultural adjustment (work, interaction and general adjustment), general satisfaction, and withdrawal intentions (from the assignment, the organization and the occupation). Data from Study I revealed that employing companies are using Portuguese expatriates under different staffing policies. And candidates, once invited, have often little choice to refuse an assignment. Family adjustment emerged as an essential dimension of cross-cultural adjustment, even for expatriates moving alone. Study I also suggested the influence of organizational factors on cross-cultural adjustment, and revealed that adjustment and satisfaction can be negatively affected even when home and destination countries are culturally close. The results of the regression analyses showed that organizational culture is a predictor of cross-cultural adjustment. Organizational culture also predicts general satisfaction and occupation withdrawal intentions. Expatriation adjustment does not necessary lead to general satisfaction with the assignment, though satisfaction predicts expatriates' withdrawal intentions. Overall, results suggest expatriation adjustment differs from repatriation adjustment. Besides, expatriates and repatriates can be poorly adjusted to their assignments, and yet be generally satisfied and committed to remain in their company and complete the assignment. Theoretical contributions, practical implications and suggestions for further research are also presented.

Esta investigação explora os antecedentes organizacionais do ajustamento sociocultural e as consequências desse ajustamento para a satisfação e as intenções de abandono dos expatriados e repatriados. Especificamente, examinam-se os efeitos das diferenças de cultura nacional e da cultura organizacional, sobre o ajustamento socio-cultural. O trabalho empírico envolveu a realização de entrevistas semi-estruturadas a 30 trabalhadores internacionais Portugueses (estudo I) e a realização de um inquérito a 221 expatriados e repatriados de várias nacionalidades (estudo II). Os dados qualitativos foram tratados a partir da análise de conteúdo temática, enquanto os dados quantitativos foram analisados com o recurso à análise de variância (ANOVA) e análise de regressão. A análise factorial efectuada confirmou a escolha das medidas para as variáveis de cultura organizacional (nas dimensões de sociabilidade e solidariedade), cultura nacional, ajustamento socio-cultural (no trabalho, na interacção e ao meio em geral), satisfação com a missão e intenções de abandono (da missão, da organização e da profissão). Os resultados qualitativos revelaram que as empresas recorrem aos expatriados Portugueses com diversos objectivos e que estes, uma vez convidados, sentem-se frequentemente compelidos a aceitar. O ajustamento da família emergiu como uma dimensão essencial do ajustamento socio-cultural, mesmo para os expatriados que se deslocam sozinhos. Além disso, o estudo I revelou a influência das variáveis organizacionais sobre o ajustamento socio-cultural e mostrou que o ajustamento e a satisfação com a missão podem ser negativos mesmo quando a mudança ocorre entre países culturalmente próximos. Os resultados da análise de regressão mostraram que a cultura organizacional é um predictor do ajustamento socio-cultural, da satisfação com a missão e das intenções de abandono da profissão. Os resultados revelaram que a satisfação dos expatriados com a missão internacional não é uma consequência do seu ajustamento socio-cultural, embora afecte as suas intenções de abandono. No seu conjunto, os resultados desta investigação mostram que o ajustamento sociocultural dos expatriados difere do ajustamento socio-cultural dos repatriados. Indicam também que expatriados e repatriados podem sentir-se desajustados e ainda assim estarem satisfeitos e tencionarem permanecer na empresa e na missão até ao fim. Por fim, são discutidas as principais contribuições teóricas e práticas deste estudo, assim como as sugestões para a investigação futura.