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https://hdl.handle.net/1822/79309
Título: | A economia criativa e as periferias globais: o caso de Joanesburgo |
Autor(es): | Barros, Patrícia Fernandes |
Orientador(es): | Ribeiro, Fernando Bessa |
Palavras-chave: | Economia criativa Desenvolvimento Joanesburgo Pobreza Creative economy Development Johannesburg Poverty |
Data: | 16-Mar-2022 |
Resumo(s): | O jornal ‘The Guardian’ (2019) informa que o setor de Arte & Cultura do Reino Unido
contribuiu com quase onze bilhões de libras para os cofres públicos em 2016, uma
contribuição maior que a contribuição da agricultura nas cidade de Sheffield e Liverpool,
por exemplo. Ao lado, os pesquisadores Sanches et al. (2016) mostram a experiência da
EC no arquipelágo de Cabo Verde. Os autores destacam que o setor cultural emprega
10,6% da força de trabalho do país, que historicamente já se apoia no turismo e na
cultura como meio de renda local da população. Na África do Sul, o relatório da UNCTAD
(2008) destaca que o uso da EC no país está causando impactos explícitos nos objetivos
de desenvolvimento social, como a participação da comunidade em atividades culturais
e o alívio da pobreza em comunidades carentes. Assim, observa-se a presença da
Economia Criativa (EC) em diversos países como política de desenvolvimento
socioeconômico. Dito isto, o principal objetivo desta pesquisa é investigar as
possibilidades da EC no combate à pobreza e as desigualdades nos países em
desenvolvimento. Para isto, este estudo focou-se na cidade de Joanesburgo,
especialmente nas zonas periféricas da cidade onde se encontram os townships para
avaliar os impactos da EC. Por meio de revisão bibliográfica e busca de dados privados e
governamentais, esta pesquisa averiguou que nas camadas mais pobres a EC se
manifesta por meio de atividades precárias e de baixo valor agregado, como o
artesanato, o turismo nos townships e os festivais. Observou-se que, muito embora a EC
tenha potencial para gerar desenvolvimento socioeconômico, sem investimento público
e privado a mesma é incapaz de por si só gerar renda e qualidade de vida aos grupos
sociais mais marginalizados. Por último, também se destacou que a EC é incapaz de
reduzir significativamente a precarização do trabalho e as desigualdades, apesar de ter
algum impacto na atenuação da pobreza e das disparidades de classe, raça e gênero. The Guardian newspaper (2019) reports that the UK Arts & Culture sector contributed nearly eleven billion pounds to public coffers in 2016, a contribution greater than the contribution of agriculture in the cities of Sheffield and Liverpool, for example. Additionally, researchers Sanches et al. (2016) show the experience of EC in the Cape Verde archipelago. The authors point out that the cultural sector employs 10.6% of the country's workforce, which historically has already been based on tourism and culture as a means of local income for the population. In South Africa, the UNCTAD report (2008) highlights that CE use in the country is having explicit impacts on social development goals, such as community participation in cultural activities and poverty alleviation in underserved communities. Thus, the presence of the Creative Economy (CE) is observed in several countries as a socio-economic development policy. That said, the main objective of this research is to investigate the possibilities of EC in combating poverty and inequalities in developing countries. For this, this study focused on the city of Johannesburg, especially in the peripheral areas of the city where the townships are located to assess the impacts of CE. Through a bibliographic review and the search for private and governmental data, this research found out that the CE manifests in the poorest areas through precarious activities with low added value, such as handicrafts, tourism in townships and cultural festivals. It was observed that, although the EC has the potential to generate socioeconomic development, without public and private investment the CE alone is incapable of generating income and wellbeing for the most marginalized social groups. Finally, it was also highlighted that EC is incapable of significantly reducing job insecurity and inequalities, despite having some impact on alleviating poverty and class, race and gender disparities. |
Tipo: | Dissertação de mestrado |
Descrição: | Dissertação de mestrado em Sociologia (especialização em Políticas Sociais) |
URI: | https://hdl.handle.net/1822/79309 |
Acesso: | Acesso aberto |
Aparece nas coleções: | BUM - Dissertações de Mestrado DS - Dissertações de mestrado |
Ficheiros deste registo:
Ficheiro | Descrição | Tamanho | Formato | |
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