Policy agendas: progressive left and the politics of attention in Latin America

Abstract

How progressive governments differ in terms of the policy agenda in Latin America? The existing literature reveals that most research on policy agenda and political issues prioritization focuses on European and Anglo-Saxon countries. Moreover, the current literature focuses on the historical and theoretical framework and the challenges and experiences of the region's progressive political parties and governments. There are few empirical studies on how progressive governments differ on the policy agenda, particularly in Latin America, making these countries an interesting ground. The central aim of this research was to address the gap in the literature and contribute to the question of determining whether progressive Left parties in Latin America have a homogeneous agenda setting. This study uses a small-N comparative case studies method based on quantitative data, applied to four Latin American states: Argentina, Bolivia, Chile, and Ecuador. The usefulness of the analytical framework is examined through the codification and comparison of quantitative analysis of the party manifestos and the adopted laws of the case studies. The analysis reveals that progressive political parties in Latin America maintain an ideological position of the progressive Left in all their political campaigns. Moreover, the analysis of the data suggests that the party manifestos of the progressive political parties of Argentina, Bolivia, Chile, and Ecuador focused mainly on issues related to the acceptance of democratic values and unconditional support for democracy, the need for State funding of cultural and leisure facilities, harsher attitudes in the courts, the presence and authority of the party to govern, support to Marxist-Leninist ideology, support to the importance of the modernization of the transport and communications infrastructure, support to government funding of health care, elderly care, and pensions, child care, and social housing system and the need for State funding, especially protection for underprivileged social groups, the need for fair distribution of resources and the end of discrimination. Progressive parties in Latin America during the political campaign pay attention to the same issues. Also, the data suggest that the ideological profile of progressive political parties was not affected by their entry into government. Moreover, fairly speaking, progressive political parties in Latin America keep their campaign promises since approximately half of the drafted problems in the party manifestos resulted in the adoption of laws.

Em que medidas os governos progressistas da América Latina diferem em termos da agenda de políticas públicas? A literatura académica sobre este tema e a priorização das políticas tem por estudado os países europeus e anglo-saxónicos. Além disso, a literatura foca-se em abordagens históricas e quadros teóricos relativos aos desafios e experiências dos partidos políticos e governos progressistas da região. São escassos os estudos empíricos sobre o modo como os governos progressistas diferem na agenda de políticas públicas, especialmente na América Latina, o que torna esse grupo de países um terreno fértil de investigação. O objetivo central deste estudo foi abordar esta lacuna na literatura e contribuir para a questão de determinar se os partidos progressistas de esquerda da América Latina têm agendas homogéneas. Este estudo adota o método dos estudos de caso comparativos (small-N) com base em dados quantitativos, aplicado a quatro estados latino-americanos: Argentina, Bolívia, Chile e Equador. A utilidade deste quadro analítico é evidenciada pela análise quantitativa (codificação e comparação) dos programas políticos dos partidos e das leis adotadas nos países objeto do estudo. A análise revela que os partidos políticos progressistas da América Latina mantêm uma posição ideológica de esquerda progressista em todas as suas campanhas políticas. A análise dos dados sugere ainda que os programas dos partidos políticos progressistas da Argentina, Bolívia, Chile e Equador concentraram-se principalmente em questões relacionadas com a aceitação dos valores democráticos e apoio à democracia, a necessidade de financiamento público à cultura e lazer, decisões mais duras dos tribunais, presença e autoridade do partido governante, apoio à ideologia marxistaleninista, apoio à importância da modernização das infraestruturas de transportes e comunicações, o financiamento público dos cuidados de saúde, cuidados de idosos e pensões, creches e sistema de habitação social e a necessidade de financiamento estatal e proteção de grupos sociais desfavorecidos, bem como a justa distribuição de recursos e o fim da discriminação. Os partidos progressistas na América Latina durante a campanha política prestam atenção às mesmas questões. Ainda mais importante, os dados sugerem que o perfil ideológico dos partidos políticos progressistas não foi afetado por sua entrada no governo. Além disso, estes partidos políticos tendem a cumprir moderadamente as promessas de campanha, uma vez que aproximadamente metade das questões redigidas nos programas partidários acabam por resultar na adoção de leis.