Utilize este identificador para referenciar este registo:
https://hdl.handle.net/1822/77084
Título: | Cultura e tecnologia: a imagem digital como signo cultural contemporâneo |
Outro(s) título(s): | Culture and technology: the digital image as a contemporary cultural sign |
Autor(es): | Lopes, Fernando Augusto Silva |
Orientador(es): | Martins, Moisés de Lemos |
Palavras-chave: | Artes Virtualizadas Cultura Digital Google Arts and Culture Imagem Digital Visibilidade Digital Culture Digital Image Virtualized Arts Visibility |
Data: | 27-Out-2020 |
Resumo(s): | As imagens digitais podem representar ideologias e culturas, uma vez que travestem o “lobo”
da intencionalidade e das vozes hegemônicas no “cordeiro” da interatividade, que transmite a
pseudossensação de neutralidade e individualidade.
Ao construir um imaginário oriundo das imagens digitais, a produção cultural desloca a
legitimidade imagética para a dinâmica das redes. Este poder supera a capacidade memorativa das
imagens estáticas como a fotografia; e a interatividade transcende a sensoriedade de movimento do
cinema. Como na cultura digital, as experiências virtuais representam por meio de um algoritmo as
inúmeras possibilidades que serão acionadas pelos usuários, estas podem compor sua subjetividade
dentro das ferramentas digitais.
O reconhecimento e a identidade nas plataformas digitais estão latentes na aculturação digital
experimentada pela sociedade contemporânea. O fato de grande parcela das redes sociais construir a
representação do sujeito por meio de imagens digitais ilustra a necessidade de pertencimento virtual. A
cultura digital se forma majoritariamente por meio das imagens digitais e a virtualização potencializa o
imaginário por meio da experiência cultural.
Como todo elemento cultural, a tecnologia possui a capacidade de (re)significar as relações
simbólicas. A apropriação cultural das telas (ecrãs) apresenta-se como “um turbilhão no rio”, que
necessita de uma nova teoria capaz de situá-las dentro da realidade fluida das redes digitais, local de
pertencimento e de representação identitários na sociedade contemporânea. Diante da produção cultural
nas redes digitais, tornou-se latente o reconhecimento das telas (ecrãs) como extensão das percepções
sensórias, sendo inconscientemente reconhecidas como próteses sensório-cognitivas capazes de
transmitir sensações, gerar memórias, e de ser um ator cultural relevante.
Essa relação híbrida entre o homem e os dispositivos evidencia a capacidade de reconhecimento,
a produção e o consumo de signos através da mediação tecnológica, especialmente pelo reconhecimento
das telas (ecrãs) como uma extensão da visão.
Nem totalmente “apocalíptica” e muito menos completamente “integrada”, esta investigação
buscou o entendimento das relações culturais por meio dos dispositivos tecnológicos podendo concluir
que está em gestação uma nova “pele” cultural. Esta “pele” híbrida (silício + carbono) anseia pela
reformulação ética, estética, social e política do “eu” e do “outro” em uma época em que o logos e o
regime da analogia estão em processo de vertiginosa decadência, transferindo para a tecnologia a
simulação do “ser”, do “ter” e do “sentir” humanos. Digital images can represent ideologies and cultures as they traverse the "wolf" of intentionality and hegemonic voices in the "lamb" of interactivity, which conveys the pseudo sense of neutrality and individuality. By constructing an imagery from digital images, cultural production shifts imaginary legitimacy to the dynamics of networks. This power overcomes the memory capacity of still images such as photography, and interactivity transcends motion sensor motion. As in digital culture virtual experiences represent through an algorithm the innumerable possibilities that will be triggered by the users, these can compose their subjectivity within the digital tools. Recognition and identity within digital platforms are latent in the digital acculturation experienced by contemporary society. The fact that a large part of social networks constructs the representation of the subject through digital images, illustrates this need for virtual belonging. Digital culture is formed mostly by digital images and virtualization enhances the imaginary through cultural experience. Like all cultural elements, technology has the capacity to (re)signify symbolic relations. The cultural appropriation of the screens presents itself as a "whirlwind in the river", which needs a new theory capable of situating them within the fluid reality of digital networks, place of identity belonging and representation in contemporary society. Faced with cultural production in digital networks, the recognition of screens as an extension of sensory perceptions became latent, being unconsciously recognized as a cognitive sensory prosthesis capable of transmitting sensations, generating memories, and being a relevant cultural actor This hybrid relationship between man and devices evidences the ability to recognize, produce and consume signs through technological mediation, especially through the recognition of the screens as an extension of vision. Not entirely "apocalyptic," much less completely "integrated," this research sought to understand cultural relations by means of technological devices and may conclude that a new cultural "skin" is in the making. This hybrid "skin" (silicon + carbon) yearns for the ethical, aesthetic, social, and political reformulation of the "I" and the "Other" at a time when the logos and regime of analogy are in the process of vertiginous decay, technology the simulation of human "being", "having" and "feeling". |
Tipo: | Tese de doutoramento |
Descrição: | Tese de Doutoramento em Estudos Culturais (Área de especialização em Sociologia da Cultura) |
URI: | https://hdl.handle.net/1822/77084 |
Acesso: | Acesso aberto |
Aparece nas coleções: | CECS - Teses de doutoramento / PhD theses |
Ficheiros deste registo:
Ficheiro | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
Fernando Augusto Silva Lopes.pdf | Tese de Doutoramento | 3,87 MB | Adobe PDF | Ver/Abrir |
Este trabalho está licenciado sob uma Licença Creative Commons