Mediating effect of executive functioning between adverse childhood experiences and aggressive behavior: s systematic review

Abstract

Adverse childhood experiences have been consistently linked to aggressive behavior. Despite several decades of research highlighting this relationship, little is known about the potential executive functioning deficits that are likely to mediate it. This systematic review aimed to fill this gap and understand what the literature tells us. In December of 2020, relevant studies were identified through five electronic databases for the inclusion of Portuguese or English quantitative published studies. 1007 studies were identified, which five were considered eligible. Studies with infants, children and adolescents were analyzed and showed a mediating effect of executive functions between adverse childhood experiences and aggressive behavior. The scarcity of studies included and the absence of studies with adult populations was a limitation and it would be relevant in the future to explore more about this topic to better understand this relationship with the aim of preventing both the mistreatment of children and the associated aggressive behavior.

Experiências adversas na infância têm vindo a ser associadas ao aumento de risco para comportamento agressivo. Apesar de várias décadas de pesquisas destacando esta relação, pouco se sabe sobre o possível efeito mediador de défices no funcionamento executivo. Esta revisão sistemática teve como objetivo preencher esta lacuna e conhecer a literatura sobre o tema. Em dezembro de 2020, os estudos relevantes foram identificados através de consulta a cinco bases de dados eletrónicas, com a inclusão de estudos publicados desde sempre, escritos em português e inglês. Mil e sete estudos foram identificados, dos quais cinco foram considerados elegíveis. Só foram identificados estudos com bebés, crianças e adolescentes, que foram analisados e mostraram um efeito mediador das funções executivas entre experiências adversas prévias e comportamento agressivo. A escassez de estudos sobre a temática e a ausência de estudos com população adulta foi uma limitação para o conhecimento e seria relevante, no futuro, explorar este tema para uma melhor compreensão sobre esta relação, com o objetivo de prevenir tanto os maus-tratos a crianças como o comportamento agressivo associado.