Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/69643

TítuloFatores que contribuem para a afluência de casos não urgentes nos serviços de urgência: um estudo no Hospital da Senhora da Oliveira, Guimarães, E.P.E.
Autor(es)Oliveira, Flávia Cristina Dias
Orientador(es)Pinto, Lígia
Palavras-chaveCuidados de saúde primários
Doentes não urgentes
Serviços de urgência
Utilização frequente
Utilização inadequada
Primary health care
Non-urgent patients
Emergency department
Frequent use
Inadequate use
Data2020
Resumo(s)A sobrelotação dos Serviços de Urgência (SU) é um problema de saúde pública não só em Portugal, mas a nível internacional. Os SU em Portugal, para além de serem cada vez mais utilizados, são, muitas vezes, utilizados como porta de acesso ao SNS, mesmo em situações não emergentes ou, não urgentes, ou seja, quando o estado de saúde do utente não exige cuidados de saúde imediatos e poderiam esperar por uma consulta nos CSP, dificultando a capacidade de resposta a situações urgentes. A utilização dos SU quando o estado de saúde não se justifica (não urgente) ou, motivada por outros fatores, como a falta de conhecimento do funcionamento dos serviços de saúde, é designada por utilização inadequada e é a principal causa de sobrelotação dos SU hospitalares em Portugal. Em 2018, 41,8% das admissões nos SU, foram consideradas como pouco ou não urgentes (atendimento com prioridade azul, verde e branca, segundo a triagem de Manchester). O estudo teve como objetivo a identificação das causas de utilização inadequada, através da análise da influência que a perceção do estado de saúde do doente tem sobre a escolha pelo serviço de saúde, em situação não urgente; da identificação dos fatores que motivam a procura pelos SU; da avaliação do acesso dos utentes tanto aos SU como aos CSP; e da análise das características sociodemográficas dos doentes. Para a realização do estudo, recorreu-se à implementação de questionários no SU do HSOG, nas consultas não programadas de 3 unidades USF selecionadas e, ainda, à consulta dos processos clínicos eletrónicos dos doentes que visitaram o SU do HSOG. Os resultados mostram que a maioria dos utilizadores inadequados do SU do hospital em estudo eram do sexo feminino, de meia-idade, com reduzidas habilitações literárias, com perceção negativa do seu estado de saúde, maioritariamente isentos e, que recorrem ao SU sobretudo no período diurno. Apesar das características dos doentes, o principal fator de procura do serviço de urgência resulta de um processo de tomada de decisão individual, muitas vezes caraterizada por alguma iliteracia em saúde e justificada pelos sintomas ou pela perceção da gravidade do seu estado de saúde. Adicionalmente, a perceção da necessidade de realizar exames complementares é um fator determinante. Estes determinantes de acesso permitem criar soluções que visam uma utilização dos cuidados de saúde mais adequada, não só em relação ao hospital em estudo, mas a nível nacional.
The overcrowding of the emergency department (ED) is a public health problem not only in Portugal, but at an international level. The ED in Portugal, in addition to being used more and more, are often used as a gateway to the National Health Service, even in non-urgent situations, when the health condition does not require immediate health care and could wait for an appointment at the Primary Health Care (PHC) units, making it difficult to respond to urgent situations. The use of emergency department when the health condition is not urgent or emergent or, motivated by other factors, such as the lack of knowledge of the functioning of health care services, is designated as inappropriate use and is the main cause of overcrowding in Portugal hospitals ED. In 2018, 41.8% of visits to the ED were non-urgent (blue, green and white priority, according to the Manchester Triage System). The study aimed to identify the causes of inappropriate use, through the analysis of the influence that patient's health condition perception has on the choice for the health service, in a non-urgent situation; identification of demand factors for ED; assessment of user access to DE and PHC; and analysis of the patients’ sociodemographic characteristics. To carry out the study, questionnaires were used in the ED of the Hospital Sra. Oliveira - Guimarães (HSOG), in 3 selected PHC units, information from the administrative records of patients at HSOG was also used. The results show that the majority of the patients that inappropriately visited the ED of the hospital under study were women, middle-aged, had a low education level, with negative perception of their health condition, most of them were exempt from user fees and used the ED during the day and on their own initiative. Despite patients’ characteristics, the main factor in the demand for emergency services results from an individual decision-making process, usually characterized by some illiteracy in health and justified by symptoms or by the perception of the severity of their health condition, additionally, the perception of need to perform complementary exams is a determining factor. These access determinants allow the creation of solutions that aim to use health care more appropriately, not only in relation to the hospital under study, but at the national level.
TipoDissertação de mestrado
DescriçãoDissertação de mestrado em Gestão de Unidades de Saúde
URIhttps://hdl.handle.net/1822/69643
AcessoAcesso aberto
Aparece nas coleções:BUM - Dissertações de Mestrado

Ficheiros deste registo:
Ficheiro Descrição TamanhoFormato 
Dissertacao Flávia Cristina Dias Oliveira.pdf5,57 MBAdobe PDFVer/Abrir

Este trabalho está licenciado sob uma Licença Creative Commons Creative Commons

Partilhe no FacebookPartilhe no TwitterPartilhe no DeliciousPartilhe no LinkedInPartilhe no DiggAdicionar ao Google BookmarksPartilhe no MySpacePartilhe no Orkut
Exporte no formato BibTex mendeley Exporte no formato Endnote Adicione ao seu ORCID