Clinical performance and biological interactions during scleral contact lens wear

Abstract

Scleral lenses are among one of the best visual correction options nowadays. Despite the great augment on the peer-review literature related to scleral lenses in last few years, the impact of these lenses on the anterior ocular surface, as well as the comfort and visual enhancements over the long-term lacks to be addressed in both irregular and regular corneal surfaces. The main goal of the present work was to investigate the short-, medium- and long-term interactions of scleral lenses with the ocular surface and quantify the optical enhancement in patients with diseased and non-diseased corneas. We also aimed to evaluate the success rate and the Learning Curve of scleral lens fitting and to develop new measurements to aid during the fitting process and on-eye scleral lens fitting through time. Ninety-five patients were primarily recruited and divided into two groups, according to their corneal condition: irregular cornea or regular cornea. Patients were fitted with scleral lenses from Procornea (Eerbeek, The Netherlands) and were prospectively evaluated over several appoints through a 1-year follow-up time. Clinical measures were obtained at Clinical and Experimental Optometry Research Lab (CEORLab, University of Minho, Portugal). The results showed that scleral lenses are already adopted as potential devices for visual correction by a significant number of Portuguese and Brazilian specialty contact lens prescribers. Also, that a novel practitioner can reduce significantly the mean number of trial lenses and reorders after the first fittings. We suggested new approaches that could aid the practitioners during the fitting process and evaluation: first we conclude that scleral topography devices are able to quantify sclero-conjunctival changes after scleral lens wear and therefore aid in the selection of the best landing zone geometry for each eye; second, although the scleral lenses do not touch the corneal surface, some corneal topographic metrics can aid in the selection of the first trial lens to be fitted; and at last, that other devices (such IOLMaster) or techniques (ImageJ) can provide objective values of the central corneal clearance and can be substitutes for the standard subjective measure. The last part of the study showed that scleral lenses promote large gains of visual acuity and quality and that those improvements are stable over a follow-up time. It was also possible to conclude that other measurements – rather than the classic VA measurement – will aid in quantify those changes more precisely (aberrometry and night vision disturbances). The evaluations performed aid to conclude that scleral lenses are safe for both diseased and non-diseased eyes.

As lentes esclerais são uma das melhores opções para correção visual disponíveis nos dias de hoje. Apesar do grande aumento do número de artigos publicados nos últimos anos, o impacto destes dispositivos na superfície ocular anterior, bem como o conforto e melhorias visuais ao longo do tempo ainda não foi profundamente estudado. O principal objetivo deste trabalho foi investigar as interações a curto, médio e longo prazo das lentes esclerais com a superfície ocular e quantificar os ganhos a nível visual e de conforto em pacientes com córneas irregulares e regulares. Outro objetivo foi avaliar a taxa de sucesso e Curva de Aprendizagem da adaptação destas lentes e desenvolver novas medidas que auxiliem o profissional durante o processo de adaptação. Noventa e cinco pacientes foram recrutados e divididos em dois grupos de acordo com a sua condição corneal (córneas irregulares e córneas regulares). Todos os pacientes foram adaptados com lentes da Procornea e avaliados ao longo 1 ano no CEORLab (Universidade do Minho, Portugal). Os resultados mostraram que estas lentes já foram adotadas como potenciais dispositivos para correção visual por um numero significativo de profissionais em Portugal e no Brasil. Também, que um profissional consegue reduzir significativamente o numero de lentes de teste e novos pedidos de lente após as primeiras adaptações. Sugerimos novas abordagens que podem auxiliar os profissionais durante o processo de adaptação e avaliação das lentes: primeiro concluímos que os novos topógrafos esclerais conseguem quantificar as mudanças que ocorrem na conjuntiva após o uso destas lentes; em segundo, que embora estas lentes não toquem na córnea, alguns dados de topografia corneal conseguem auxiliar na seleção da primeira lente; e, por último, que outros dispositivos (como IOLMaster) e técnicas (como ImageJ) conseguem fornecer valores objetivos da separação córnea-lente e podem substituir as medidas subjetivas. A última parte do presente estudo demonstrou que as lentes esclerais promovem grandes melhorias da qualidade visual e que estas são estáveis ao longo do tempo, e que outras medidas para além da acuidade visual devem ser consideradas para caracterizar os ganhos visuais (aberrometria e avaliação das distorções luminosas). As medidas feitas ao longo dos 12 meses também permitiram concluir que as lentes esclerais são uma modalidade segura (em córneas normais e irregulares).