Museu de Olaria: um museu do século XXI

Abstract

O interesse da população no que respeita à fruição de exposições em museus não se apresenta como uma atividade quotidiana realizada com frequência. Muitas pessoas chegam apenas a visitar os museus presentes na localidade onde cresceram exclusivamente através de visitas de estudo que realizaram quando ainda cumpriam escolaridade. Essa é a realidade vivida pelo Museu de Olaria, localizado em Barcelos. A captação de públicos para o Museu de Olaria e a aplicação das grandes tendências museológicas características de um museu do século XXI é a grande prioridade deste projeto. Nesse sentido, e para um melhor conhecimento da realidade vivida pelas instituições culturais, existe um profundo estudo da museologia e dos museus do século XXI; das políticas culturais; das políticas culturais em Portugal e nas localidades. Com o intuito de conhecer de forma eficaz e completa a instituição foram efetuadas entrevistas à direção e ao quadro técnico do museu, a alguns barristas do concelho de Barcelos e também à tutela da instituição, a Câmara Municipal de Barcelos. Foi também recolhida informação junto do Centro de Documentação, um serviço do Museu de Olaria. As informações e dados obtidos foram reutilizados na execução de um Plano Museológico, segundo o modelo do Ministério da Cultura de Espanha. Este plano pressupõe a organização de toda a informação inerente ao museu para uma maior planificação e estruturação das atividades, missão e objetivos do Museu de Olaria. Assim, seriam passíveis de identificação as lacunas e carências da instituição. A comunicação (como seria de esperar num serviço que é tutelado) é a principal carência detetada pela realização do plano. Várias são as estratégias apontadas no Plano Museológico que visam fomentar uma melhor comunicação externa da instituição como, por exemplo, a existência de redes socias, uma maior presença em plataformas de difusão de notícias como jornais, programas de televisão, etc. Estas e outras medidas propostas são capazes de captar novos públicos para o Museu de Olaria bem como aproximá-lo das tendências museológicas atuais, que o podem tornar num museu do século XXI.

The interest of the population in the enjoyment of museums exhibitions does not present itself as a frequent daily activity. Many people visit only museums that pertain to their local area and most of them do so through school-organized field trips. This is the reality in which the Pottery Museum, located in Barcelos, currently lives in. The capture of audiences for the Pottery Museum and the application of the great museological tendencies characteristic of a museum of the 21st century is the high priority of this project. In this way, there is a deep study of museology and museums of the 21st century; cultural policies; cultural policies in Portugal and localities. To get an effective and complete knowledge of the institution, interviews were conducted with the management and technical staff of the museum, some of the Barcelos most known craftsman and the institution’s guardianship, the Câmara Municipal de Barcelos Information was also gathered from the Documentation Center, a Pottery Museum service. The information and data obtained were reused in the execution of a Museological Plan, according to the model of the Ministry of Culture of Spain. This plan presupposes the organization of all the information inherent to the museum for a greater planning and structuring of their activities, mission and objectives. Thus, the institution’s shortcomings could be identified. Communication (as it would be expected in a service being tutored) is the main weakness detected by the implementation of the plan. There are several strategies outlined in the Museological Plan that aim to foster a better external communication of the institution, such as the existence of social networks, a greater presence in platforms for the dissemination of news such as newspapers, television programs, etc. These and other proposed measures can attract new audiences to the Pottery Museum as well as bring it closer to current museological tendencies that can turn it into a museum of the 21st century.