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https://hdl.handle.net/1822/48610
Título: | Preditores da Qualidade de Vida e Adaptação à Amputação em Pacientes Diabéticos com Pé Diabético: Um estudo longitudinal |
Autor(es): | Pedras, Carla Susana Abreu |
Orientador(es): | Pereira, M. Graça Carvalho, Rui de |
Data: | 17-Jul-2017 |
Resumo(s): | A Diabetes mellitus Tipo 2 é uma doença crónica de elevada prevalência em Portugal, sendo o Pé
Diabético uma das suas complicações com maior impacto ao nível físico, psicológico e social para o
indivíduo e família, dado que poder culminar numa amputação. O objetivo geral deste trabalho foi
obter um maior conhecimento sobre esta população, explorar e identificar os fatores que contribuem
para o ajustamento à amputação e qualidade de vida relacionada com a saúde (QdVRS), desde o
momento que antecedeu a cirurgia (M0), um mês (M1); seis meses (M2) e 10 meses (M3) após a
amputação. Este estudo envolveu 206 doentes com Pé Diabético indicados para cirurgia de
amputação avaliados em seis hospitais do Norte do País. Os estudos 1, 2, 3 e 4 realizados
revelaram que os doentes com Pé Diabético indicados para amputação (M0), eram maioritariamente
do sexo masculino, com baixa escolaridade e com uma média de idade de 66 anos. Ao nível clínico,
encontravam-se diagnosticados com diabetes, em média, há 18 anos e com Pé Diabético há 4 anos,
sendo o pé Neuroisquémico mais prevalente. Metade dos doentes apresentava dor no membro
inferior que interferia significativamente com todas as áreas de funcionamento da vida do doente. Os
doentes já amputados não se distinguiam dos não amputados ao nível dos sintomas de ansiedade e
depressão, funcionalidade, satisfação com o suporte social e funcionamento familiar (M0). Os
sintomas de depressão e ansiedade, e o nível de funcionalidade foram preditores da QdVRS física e
mental tendo as varáveis sociodemográficas e clínicas, pouco contribuído para a QdVRS, após a
cirurgia (M1). Os estudos 5 e 6 enfatizaram o papel dos sintomas de ansiedade e depressão e da
QdVRS (M0), como sendo os melhores preditores deles próprios, no pós-cirurgia (M1).
Interessantemente, os resultados dos estudos 7 e 8 revelaram que os sintomas traumáticos (M1)
apresentaram um efeito direto na dimensão física e mental da QdVRS bem como no ajustamento
geral, social e às limitações, no M3. O suporte social no M2, revelou-se um mediador entre os
sintomas de trauma no M1 e o ajustamento às limitações no M3. O estudo 9 revelou os sintomas
depressivos (M0) como um fator de risco para a mortalidade após a amputação (M3). Por fim, são
propostas sugestões para investigações futuras e implicações para a prática clínica, baseadas nos
resultados dos vários estudos realizados que enfatizam a necessidade de avaliação e intervenção
psicológica antes e após a cirurgia no sentido de promover a adaptação à amputação e aumentar a
QdVRS, nesta população. Diabetes mellitus Type 2 is a chronic disease of high prevalence in Portugal, with Diabetic Foot being one of its complications with greater physical, psychological and social impact for the individual and the family, since it may culminate in an amputation. The main goal of this study was to increase the knowledge regarding this population, to explore and identify the risk factors contributing to the adjustment to amputation and health-related quality of life (HRQoL), from the time before surgery (M0), one month (M1), six months (M2) and 10 months (M3) after amputation. This study involved 206 patients with Diabetic Foot indicated for an amputation surgery assessed at six hospitals in the North of the country. Studies 1, 2, 3, and 4 described that patients with Diabetic Foot indicated for amputation (M0) were mostly male patients, with low education and 66 years old, on average. Regarding clinical data, they were diagnosed with type 2 Diabetes, on average, for 18 years and with Diabetic Foot for 4 years, with the neuroischemic foot being the most prevalent. Half of the patients presented with pain in the lower limb interfering significantly with all areas of the patient’s life functioning. Patients already amputated did not differ from those not amputated in anxiety and depression symptoms, functionality, satisfaction with social support and family functioning (M0). Depression and anxiety symptoms and functionality level were predictors of physical and mental HRQoL, and the socio-demographic and clinical variables little contributed to HRQoL, in post-surgery (M1). Studies 5 and 6 emphasized the role of anxiety and depression symptoms and HRQoL (M0) as their own best predictors, at M1. Interestingly, the results of the study 7 and 8 found that traumatic symptoms (M1) had a direct effect on physical and mental HRQoL as well as in general, social and limitations’ adjustment to amputation, at M3. Social support revealed to be a mediator between traumatic symptoms and adjustment to limitations, at M3. The study 9, revealed depression symptoms (M0) as a risk factor for mortality after amputation (M3). Finally, suggestions for futures studies and implications for clinical practice are presented, based on the studies’ results, which emphasize the need for psychological evaluation and intervention, before and after surgery, in order to promote the adjustment to amputation and increase HRQoL, in this population. |
Tipo: | Tese de doutoramento |
Descrição: | Tese de Doutoramento em Psicologia Aplicada |
URI: | https://hdl.handle.net/1822/48610 |
Acesso: | Acesso restrito UMinho |
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