O transporte ativo e a sua relação com o género e contexto (Rural/Urbano). Estudo descritivo com crianças do 8.º ano

Abstract

É inequívoco que o sedentarismo da sociedade moderna está a afetar as crianças e os adolescentes. Um dos fatores que contribui para a sedentarização é a redução dos esforços físicos na deslocação para a escola. Neste sentido, é importante que professores, investigadores, educadores, pais, gestores, entre outros, encontrem soluções no sentido de contrariar essa tendência e promover o transporte ativo, trilhando percursos que incluam a atividade física no quotidiano das crianças e jovens. Esta investigação teve como objetivo investigar os modos de deslocamento de alunos no trajeto casa-escola e sua relação com o género e contexto da escola (rural, urbano). Participaram 228 alunos do 8º ano de escolaridade, com idades compreendidas entre os 12 e os 16 anos, de duas escolas públicas (Urbana: 151, Rural:77) do concelho de Barcelos, distrito de Braga/Portugal. Como instrumento de recolha de dados utilizou-se o questionário desenvolvido por Pereira et al. (2014) que assinala aspetos relacionados aos modos de deslocamento no trajeto casa-escola, perceções e respetivas rotinas de vida das crianças. Os resultados apresentaram que aproximadamente um terço dos alunos inquiridos utiliza o transporte ativo para a deslocação casa-escola, não se registando grandes diferenças entre os géneros, sendo as raparigas as que se deslocam mais a pé. Verifica-se ainda percentagens mais baixas nas deslocações a pé nos alunos da área rural, sendo nesta área maiores as distâncias entre a residência dos alunos e a escola.