Arquitectura e tecnologia na primeira era da máquina: temas, percursos e movimentos

Abstract

Partindo do espaço temporal designado como Primeira Era da Máquina segundo Reyner Banham, o tema deste trabalho será uma reflexão sobre o modo como a arquitectura faz uso da tecnologia. O motor desta reflexão será o projecto para a Friedrichstrasse de 1921 de Ludwig Mies van der Rohe, enquanto os temas serão a tecnologia como instrumento, como sistema e como linguagem, sob os quais passaremos por alguns movimentos do modernismo que se enquadram neste ensaio. No primeiro capítulo o foco incide na concepção que a arquitectura faz da tecnologia enquanto instrumento que é feito de acordo com as especificidades para cumprir um determinado desígnio. No segundo capítulo analisamos a tecnologia enquanto encarada pela arquitectura como um sistema na sua capacidade de através de regras organizar e tipificar os elementos que o compõem. No último capítulo olhamos os momentos em que a arquitectura considera a tecnologia como linguagem, na sua capacidade de comunicar através da sua estética e forma com o observador. Terminada esta análise, concluímos o impacto da tecnologia para o mundo da arquitectura e o modo como a sua utilização a influenciou, ficando clara a sua importância para a criação de arquitectura de valor que simbolize a actualidade.

Taking Reyner Banham’s First Machine Age as the chronological boundary, this thesis will be a reflection on how architecture uses technology. The central object of this reflection will be Ludwig Mies van der Rohe’s skyscraper entry for the Friedrichstrasse in 1921, while the motifs will be technology as an instrument, as a system and as a language, under which we will go over some modernist movements that fit this study. In the first chapter we will focus on architecture’s view of technology as an instrument that is made according to the specifications it needs to accomplish it’s purpose. In the second chapter we analyse technology when seen by architecture as a system by it’s capacity to organize and tipify components through rules and order. In the last chapter we look at the moments in which architecture considers technology as language, in the ability it has of communicating through aesthetics and form with the observer. After this analysis, we conclude the impact of technology on the field of architecture and the way it’s use influenced it, making it’s importance for the creation of worthy architecture that is a symbol of our time clear.