Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/42549

Registo completo
Campo DCValorIdioma
dc.contributor.advisorMatos, Marlenepor
dc.contributor.authorPereira, Filipa da Silvapor
dc.date.accessioned2016-09-12T10:45:18Z-
dc.date.available2016-09-12T10:45:18Z-
dc.date.issued2016-05-30-
dc.date.submitted2015-10-30-
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/1822/42549-
dc.descriptionTese de Doutoramento em Psicologia Aplicadapor
dc.description.abstractCada vez mais jovens têm acesso às novas tecnologias de informação e comunicação (TIC), maximizando-se o número de oportunidades de informação e de interação. Esse avanço tecnológico e societal tem colocado, contudo, novos dilemas, designadamente a ocorrência de ciberassédio. A investigação neste campo de estudo recente - o ciberassédio na adolescência - enfrenta diversos desafios, persistindo uma pluralidade de lacunas conceptuais e metodológicas a nível (inter)nacional. A presente dissertação tem como principal objetivo mapear e identificar a natureza da vitimação por ciberassédio e por cyberstalking na adolescência. Investigar os fatores preditores da cibervitimação, discutir o papel do medo na definição de vitimação por via do cyberstalking e compreender o processo de mediação parental na gestão do risco online dos adolescentes, são objetivos adicionais e, igualmente, fundamentais. O primeiro capítulo, de conceção teórica, apresenta o estado da arte atualizado sobre o cibercrime e o ciberassédio na adolescência, destacando-se os elementos sociais, psicológicos e digitais centrais para a compreensão destes fenómenos. Da revisão da literatura, sobressai a existência de uma diversidade de formas, estratégias e dinâmicas de vitimação online. À luz das atuais perspetivas teóricas no domínio da Vitimologia, reflete-se criticamente sobre os potenciais fatores de risco para a vitimação online. O segundo trabalho, igualmente de caráter mais conceptual (capítulo IV), teve como intuito proceder à demarcação do conceito de cyberstalking. Nele discute-se a ambiguidade da sua definição, os principais obstáculos ao seu estudo junto da população adolescente e o potencial nocivo que a vitimação por cyberstalking encerra. Em paralelo, elabora-se uma discussão crítica sobre os diferentes pontos de convergência e de divergência entre os fenómenos de cyberstalking e de cyberbullying na adolescência. Relativamente aos trabalhos empíricos, o primeiro estudo (capítulo II) teve como propósito captar a experiência de ciberassédio, com particular incidência no estudo dos seus intervenientes, dinâmicas e reações à vitimação (i.e., sentimento de medo e procura de ajuda). A amostra era constituída por 627 adolescentes (12-16 anos de idade). Através de um inquérito de autorrelato, concluiu-se que o ciberassédio é uma experiência comum entre os adolescentes (60.8% foi vítima), sendo que 66.1% das vítimas reportou estar duplamente envolvida enquanto vítima-agressor (i.e., overlap). Cerca de 24% foi alvo de ciberassédio durante 2 ou mais semanas, 37% manifestaram medo e 45.9% procurou ajuda após o ciberassédio. O segundo estudo empírico (capítulo III) identificou os fatores preditores da vitimação online. Com base na mesma amostra, realizou-se uma análise de regressão logística. Os resultados corroboraram a relevância da teoria dos estilos de vida e de rotina online na compreensão da cibervitimação. Adolescentes mais velhos, que reportaram um maior número de comportamentos de risco e de agressão, e uma menor “tutela” parental, apresentaram uma vulnerabilidade face à vitimação significativamente superior aos restantes adolescentes. O terceiro estudo empírico (capítulo IV), teve como propósito estudar uma modalidade da vitimação online que tem sido negligenciada pela literatura da especialidade: ser alvo de cyberstalking na adolescência e a problematização do critério “medo”. Os resultados confirmaram que o cyberstalking é uma forma agravada de ciberassédio (42.4% das vítimas manifestou medo após a vitimação) e igualmente prevalente entre os adolescentes inquiridos (61.9% reportou ser vítima). A partir de uma análise de regressão logística concluiu-se que o medo resulta da interação complexa entre variáveis demográficas associadas ao próprio adolescente (i.e., ser rapariga), às dinâmicas da vitimação (i.e. persistência, tipo de comportamentos experienciados) e às características do ciberagressor (i.e., ser homem e mais velho). Consequentemente, considerou-se crítico assumir o medo como uma resposta inevitável à vitimação ou como elemento-chave na delimitação entre vítimas e não vítimas. No último estudo empírico (capítulo VI) explorámos as perceções de pais e filhos sobre os comportamentos de risco online, a cibervitimação, as estratégias de mediação parental e a sua eficácia. Das 385 díades pais-filhos analisadas, concluiu-se que os pais minimizam a prática de comportamentos de risco online e de experiências de ciberassédio, enquanto os adolescentes subestimam o grau de mediação parental que é exercido. A par disso, concluiu-se que o exercício da mediação parental e a perceção de eficácia dos pais variam em função da idade e do sexo dos adolescentes: as raparigas e os adolescentes mais novos foram alvo de maior mediação parental e percecionaram um maior grau de eficácia parental. A presente dissertação finaliza com a discussão integrada dos principais contributos e implicações para a investigação e para a prática profissional decorrentes dos resultados obtidos. Recomendações dirigidas a adolescentes, famílias e escolas, são, igualmente, avançadas e discutidas.por
dc.description.abstractAn increasing number of young people have access to the new information and communication technologies (ICT), maximizing the quantity of information and interaction opportunities that they have. However, this technological and social advance has brought new dilemmas, such as the advent of cyber-harassment. Research in this recent field of study – cyberharassment in adolescence - faces several challenges, persisting a plurality of conceptual and methodological (inter)national gaps. This dissertation aims to map and to identify the nature of victimization by cyberharassment and by cyberstalking in adolescence. Investigate predictors of cyber-victimization, discuss the role of fear in the definition of victimization via cyberstalking and understanding the process of parental mediation in the management of an adolescent’s online risk, are also, critical goals. The first chapter presents the updated state of the art of cybercrime and cyber-harassment in adolescence, highlighting the central social, psychological and digital elements to understand these phenomena. From the literature review, emerges the existence of a diversity of forms, strategies and dynamics of online victimization. In the light of the current theoretical perspectives in the field of Victimology, we reflect critically on the potential risk factors of online victimization. The second work (chapter IV), intends to carry out the definition of the cyberstalking concept. In this chapter we discuss the ambiguity of this concept, the main barriers to their study amongst the adolescent population and the potential harm of cyberstalking victimization. In parallel, we elaborate a critical discussion on the different points of convergence and divergence between cyberstalking and cyberbullying phenomena in adolescence. Regarding to empirical works, the first study (chapter II) aims to capture the experience of cyber-harassment, focusing particularly on the study of their actors, dynamics and reactions to victimization (i.e. the feeling of fear and seeking help). The sample consisted of 627 adolescents (12-16 years old). Through a self-report survey, we concluded that cyber-harassment is a common experience among adolescents (60.8% were victims), and 66.1% of victims reported being doubly involved as victim-aggressors (i.e., overlap). About 24% were a target of cyber-harassment for 2 weeks or more, 37% reported fear and 45.9% were seeking help after cyber-harassment victimization. The second empirical study (chapter III) identified predictors of online victimization. Based on the same sample, a logistic regression analysis was performed. The results confirmed the importance of online lifestyle-routine activities on understanding online victimization. Older adolescents, who reported a higher number of risky behaviors and aggression, and a lesser parental "guardianship", presented a vulnerability to victimization significantly higher than the other adolescents. The third empirical study (chapter IV), aims to study a modality of online victimization that has been neglected by the literature on this subject: being victim of cyberstalking in adolescence and the problematization of the "fear" criterion. Results confirmed that cyberstalking is an aggravated form of cyber-harassment (42.4% of victims reported fear after victimization) and equally prevalent among the surveyed adolescents (61.9% reported being a victim). From a logistic regression analysis, it was concluded that fear results from a complex interaction between demographic variables associated with the adolescent (i.e. being a girl), to the dynamics of victimization (i.e., persistence, type of behaviors experienced), and to the cyber-aggressor’s characteristics (i.e., being a man and older). Consequently, we consider to be critical to assume fear as an unavoidable reaction to victimization or as a key element in the delimitation of boundaries between victims and non-victims. The last empirical study (chapter VI) explored the parental and adolescents’ perceptions about online risky behaviors, cyber-victimization, parental mediation strategies and their effectiveness. From the 385 dyads of parent-child analyzed, we concluded that parents minimize the existence of online risky behaviors and cyber-harassment experiences, while adolescents underestimate the level of parental mediation implemented. In addition, we found that the exercise of parental mediation and the perception on parental efficacy vary according to adolescent’s sex and age: girls and younger adolescents were targeted by higher parental mediation and perceived a greater level of parental effectiveness. This dissertation concludes with a discussion on the major contributions and implications for research and practice arising from the obtained results. Recommendations addressed to adolescents, families and schools, are also advanced and discussed.por
dc.language.isoporpor
dc.relationinfo:eu-repo/grantAgreement/FCT/SFRH/SFRH%2FBD%2F78004%2F2011/PTpor
dc.rightsopenAccesspor
dc.titleCiberassédio na adolescência: Prevalência(s), reações à vitimação e mediação parentalpor
dc.title.alternativeCyber-harassment in adolescence: Prevalence, reactions to victimization and parental mediationpor
dc.typedoctoralThesiseng
dc.identifier.tid101394217por
thesis.degree.grantorUniversidade do Minhopor
sdum.uoeiEscola de Psicologiapor
dc.subject.fosCiências Sociais::Psicologiapor
Aparece nas coleções:BUM - Teses de Doutoramento
CIPsi - Teses de Doutoramento

Ficheiros deste registo:
Ficheiro Descrição TamanhoFormato 
Filipa da Silva Pereira.pdf3,15 MBAdobe PDFVer/Abrir

Partilhe no FacebookPartilhe no TwitterPartilhe no DeliciousPartilhe no LinkedInPartilhe no DiggAdicionar ao Google BookmarksPartilhe no MySpacePartilhe no Orkut
Exporte no formato BibTex mendeley Exporte no formato Endnote Adicione ao seu ORCID