Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/34897

TítuloA sedimentação fluvial cenozóica na região do Entre-Douro-e-Minho (NW de Portugal)
Autor(es)Alves, M. I. Caetano
Editor(es)Araújo, Maria Assunção
Gomes, António Alberto
Palavras-chaveSedimentologia fluvial
NW Portugal
Neogénico-Quaternário
Estratigrafia
Data2004
EditoraUniversidade do Porto. Faculdade de Letras (FLUP)
Resumo(s)Na região foram identificados cinco ciclos de glipto/sedimentogénese fluvial cenozóicos, de importância regional, decorridos no Pliocénico superior (Placenciano) e Quaternário. A cada um destes ciclos de glipto/sedimentogénese correspondeu escavação de novo talvegue no substrato seguida de colmatação do paleovale. Esta interpretação baseia-se num conjunto de informações que têm sido obtidas através do estudo dos sedimentos, das paleoalterações associadas e das observações de campo acompanhando as frentes de exploração dos depósitos. Os testemunhos destas etapas de sedimentação fossilizam vales fluviais largos, com orientação transversal à fachada atlântica e ocorrem nas bacias dos rios Minho, Lima e Cávado e ainda nos depósitos de Alvarães. Os sedimentos cenozóicos contactam directamente, por inconformidade, as rochas do substrato. As litofácies depositadas variam desde conglomerados com matriz areno-lutítica a arenitos lutíticos e lutitos. O tipo e organização das litofácies são típicas de sistemas fluviais do tipo entrançado. São do tipo entrançado em areias na maioria das bacias e predominantemente do tipo entrançado em cascalho na bacia do rio Minho. Os canais fluviais estavam confinados aos respectivos vales e ocupavam-nos durante as inundações. O primeiro ciclo está representado pela Formação de Alvarães, Formação de Barrocas (bacia do rio Minho) e unidade inferior de Prado (bacia do rio Cávado). Estas formações apresentam características sedimentares e conteúdo paleontológico climaticamente equivalentes, indicadores de clima quente e húmido. Esta etapa de sedimentação, mais antiga, é atribuída ao intervalo entre o Placenciano e Plistocénico inferior. O segundo ciclo de gliptogénese cenozóica deve ter decorrido antes do Plistocénico médio, durante o arrefecimento que atingiu a Europa. Esta interpretação cronológica baseia-se no conteúdo florístico descrito na jazida de Corgos (bacia do rio Minho). A composição sedimentar nos três primeiros ciclos é semelhante, siliciosa e caulinítica, afectada por alterações diagenéticas que expressam condições favoráveis à meteorização química. A sedimentação do quarto ciclo cenozóico difere dos anteriores. O enchimento contém clastos de rochas e minerais quimicamente alteráveis e/ou com menor grau de alteração, frequentemente caulinite de baixa cristalinidade e interestratificados entre outros. O último ciclo cenozóico, o quinto, tem início com o arrefecimento climático do último período glaciário, do qual existem vestígios de glaciações nas serras da Peneda e Gerês. Provocou o ravinamento de um novo talvegue, esvaziando os enchimentos anteriores, do qual resultaram os actuais vales dos rios do Entre-Douro-e- Minho. As aluviões que preenchem estes vales indicam a manutenção de condições climáticas menos propícias à meteorização química, tendo sido depositadas no pós-glaciar.
TipoCapítulo de livro
URIhttps://hdl.handle.net/1822/34897
ISBN972-8888-00-7
AcessoAcesso aberto
Aparece nas coleções:CCT - Livros e Capítulos de Livros/Books and Book Chapters

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