Partnership between the worlds of education and work : a threatening scenario or a beacon of hope?

Abstract

Although the world of education and the world of work are unquestionably complementary the relationship between these important realities has always been uneasy. Humanistic educationalists defend that schools should be shielded from the manipulative, self-serving intents of the work market. Education must allow individuals to achieve emancipation and become critically aware, autonomous citizens, capable of understanding and participating in the world they live in. Reform-minded neoliberal enthusiasts claim, with equal strength, that the education system has contributed to economic decline and to the deterioration of school learning calling for a radical change of direction and policy. The need to improve education and training effectiveness has led to an expansion of work-based learning (WBL), Initial Vocational Education and Training (IVET) programs. In Portugal, although multiple forms of IVET co-exist, the Dual Apprenticeship system (DAS) represents the only genuine WBL IVET opportunity available. Despite the strong level of employability and real-world learning, it is perplexingly difficult to persuade the stakeholders in education about the value of this obscure alternative out-of-school pathway. The number of those taking part in the Portuguese DAS has been decreasing and finding employers willing to participate remains difficult, leading some to question the sustainability of this alternative IVET WBL system. This presentation offers a historical overview and critical assessment of key underlying features of the Portuguese IVET DAS. The aim is to provide a deeper understanding the only genuinely IVET WBL, out-of-school initiative that has ever existed in Portugal.

Embora o mundo da educação e o mundo do trabalho são, sem dúvida, complementares, a relação entre essas importantes realidades nunca foi pacífica. Educadores humanistas defendem que as escolas deveriam ser protegidas das intenções manipuladores, auto-centradas do mercado de trabalho. A educação deve permitir que os indivíduos se transformem em cidadãos emancipados e criticamente conscientes, cidadãos autónomos, capazes de compreender e participar do mundo em que vivem. Os neo-liberais afirmam, com igual intensidade, que o sistema educativo tem contribuído para o declínio económico e para a deterioração da aprendizagem escolar reclamando uma mudança radical de direção e política. A necessidade de melhorar a eficácia da educação e da formação tem conduzido a uma expansão de programas de aprendizagem inicial baseada na formação extra-escolar. Em Portugal, apesar de existirem múltiplas modalidades de educação-formação, o Sistema de Aprendizagem é a única onde a empresa e a aprendizagem extra-escolar são dominantes. Apesar do forte nível de empregabilidade e da aprendizagem proporcionada no contexto real de trabalho permanece difícil convencer os stakeholders do valor desta obscura alternativa de formação inicial. O número de participantes no Sistema de Aprendizagem tem vindo a diminuir, sendo cada vez mais difícil encontrar empregadores dispostos a participar, factores que tem levado alguns a questionar a sustentabilidade desse sistema alternativo de educação-formação extra-escolar. Esta comunicação oferece uma perspectiva histórica e avaliação crítica das principais características do Sistema de Aprendizagem português. O objectivo é permitir uma melhor e mais profunda compreensão a única oportunidade de educação-formação inicial genuinamente extra-escolar que alguma vez existiu em Portugal.