Desenvolvimento de um modelo de avaliação ergonómica em parafarmácias: identificação e caracterização de pontos críticos e relacionamento com aspectos da população utilizadora

Abstract

As parafarmácias são um sector emergente e em franca expansão, podendo definir-se como um espaço único de fornecimento de produtos e serviços relacionados com a promoção de Saúde e Bem-Estar. O aparecimento desta actividade económica apesar de ser recente, encontra-se em fase de amadurecimento. Por este motivo, é importante avaliar todos os aspectos relacionados com a Ergonomia Ocupacional e do impacto no desenvolvimento das regiões onde estão inseridas. Uma das ferramentas de trabalho disponíveis e utilizadas na análise ergonómica foi o método de Análise Ergonómica do Espaço de Trabalho – EWA (Ergonomic Workplace Analysis). Esta análise, na sua forma mais tradicional, considera a opinião do trabalhador e a do analista. Com o novo Modelo de Avaliação Ergonómica proposto, a opinião do cliente é também considerada permitindo desta forma a construção de um modelo da realidade económica, baseado na percepção e avaliação de um espaço por um trinómio de opiniões, contrariando a subjectividade inerente à análise primitiva. Segundo este novo modelo, a Análise Ergonómica foi decomposta em três dimensões diferentes: o profissional, o analista e o cliente. Foram concebidos os instrumentos de observação correspondentes, isto é, os questionários para auscultar a opinião dos clientes, as fichas de avaliação para obter uma classificação do profissional relativamente aos itens constantes na Análise Ergonómica baseada no modelo EWA tradicional, bem como a recolha dos dados para a avaliação do analista. A análise conjunta destes instrumentos, determinará ou não necessidades de processos de mudança a implementar. Após análise exploratória dos dados obtidos pelos questionários, conclui-se que os clientes são maioritariamente do sexo feminino, e a média das idades ronda os 36 anos De uma maneira geral, os respondentes estão sensibilizados para as questões Ergonómicas, e são maioritariamente clientes habituais das parafarmácias, quer por confiarem nos produtos e serviços; quer pela proximidade da área de trabalho. Pode conclui-se que em alguns pontos a mesma análise exploratória dos dados, contribuiu para reforçar a linha de prioridades de intervenção propostas pelo analista nomeadamente, em relação ao tipo de assento, organização de trabalho, restritividade e formação dos profissionais. Noutros pontos, funcionou como um indicador para se proceder a uma Análise Ergonómica mais profunda. Refere-se a título de exemplo, a identificação de uma fonte de Ruído que pode perturbar os tratamentos efectuados na Área de Beleza No novo Modelo de Análise Ergonómica, a viabilidade e exequibilidade dos questionários, constituirão como previsto uma peça fundamental para complementar a Análise Ergonómica em Áreas comerciais Com Livre Circulação de Pessoas.

The para-pharmacies are an emergent sector and in Great expansion of being able to define itself as a unique space of product and service supply related to the promotion of health as Well-being. The appearance of this economic activity, although recent, is found in its mature phase. For this reason, it is important to evaluate the aspects related with the occupational ergonomics and of the impact I the developments of the regions were they are inserted. One of the work tools available and used in the ergonomic analysis, was the method of Ergonomic Workplace Analysis- EWA. This analysis, in its most traditional form, considers the opinion of the Worker and of the analyst. With the proposal of the new model Ergonomics Analysis, the opinion of the costumer is also considered, in this way allowing the construction of a model of the economic reality, based on the perception and evaluation of space through a trinomial of opinions, opposing the inherent subjectivities to the primitive analysis. According to this new model, the ergonomic analysis was decomposed in three different dimensions: the professional, the analyst and the costumer. Instruments of observation were conceived, such as questionnaires used as an instrument to auscultate the opinion of the costumer, the evaluation worksheets; which allow obtaining a classification of the professional relative to the constant items in the primitive model EWA, as well as the retraction of the data of the valuation of the analyst. The joint analysis of these instruments, evaluation worksheets questionnaires, and the evaluation of the analyst, will determine whether necessities of change process will be implemented or not. After exploratory analysis of the data obtained from the questionnaires, it was concluded that the majority of the costumers were of the female gender, and of the average ages of around 36 years. All in all, the respondents are sensitized for the ergonomics questions, and the majorities are habitual clients of the parapharmacies, whether for trusting the products and services, or for the proximity of the work area. It can be concluded that, in some points the same exploratory analysis of the inherent data of the questionnaires, contributed to strengthen the line of intervention priorities proposed by the analyst, namely in relation to the type of seat, work organization, restriction and formation of the professionals. In other points, it functions as an indicator to proceed itself to deeper Ergonomic Analysis. It is referred to as an example, the identification of a source of noise that can disturb the treatments done in the Area of Beauty. The new Model of Ergonomic Analysis, through the viability and feasibility of the questionnaires, will be constituted as anticipated, a fundamental part to complement the Ergonomic Analysis in Commercial Areas with Free Circulation of People.