Mapping the motivational-related factors for healthy eating among elementary school students

Abstract

A obesidade infantil é um dos maiores desafios de saúde pública do século 21. Com uma etiologia multifatorial, a maioria dos casos de obesidade está associada a fatores modificáveis relacionados ao comportamento alimentar da criança. Reconhecendo isso, têm sido levados a cabo esforços para o desenvolvimento de intervenções de mudança comportamental e ações políticas para facilitar a adoção e manutenção de uma alimentação saudável pelas crianças. Essas ações e intervenções parecem ter resultados promissores; no entanto, a quantidade e a qualidade do consumo alimentar das crianças permanecem distantes das recomendações da Organização Mundial da Saúde e as taxas de obesidade infantil continuam a aumentar. As razões podem ser, entre outras, duas: primeiro, é possível que o conteúdo das ações e intervenções desenvolvidas e os desafios e necessidades percebidos pelas crianças não estejam alinhados; segundo, a maioria das intervenções têm-se centrado na transmissão de conhecimento declarativo sobre alimentação saudável, sem considerar o background motivacional da população-alvo. Portanto, há necessidade de entender mais profundamente os fatores relacionados com a motivação que contribuem para uma alimentação mais saudável, a fim de projetar diretrizes adaptadas que possam melhorar as ações e intervenções realizadas, com o objetivo final de prevenir a obesidade infantil. A presente tese compreende quatro estudos com o objetivo de contribuir para a literatura e prática da prevenção da obesidade infantil e promoção da alimentação saudável, centrando-se numa visão motivacional do fenómeno. O primeiro capítulo permitiu conhecer as atribuições causais das crianças sobre obesidade através de um desenho qualitativo. O segundo e o terceiro capítulos contribuíram para esclarecer o papel dos fatores relacionados com a motivação, como a autorregulação, na prevenção da obesidade infantil e na promoção da alimentação saudável das crianças. Por fim, o quarto capítulo ajudou a enfatizar que, nestas idades, a autorregulação pode ser potencializada quando também são consideradas variáveis dos ambientes proximais das crianças. Com base em referenciais teóricossólidos, os resultados dos quatro estudos corroboram a investigação que destaca a complexidade deste desafio do século 21 e a importância de considerar fatores relacionados com a motivação como aliados para o alcance de comportamentos alimentares saudáveis. Foram discutidas implicações para a prática de saúde, educacional e política, bem como ideias para investigação futura.

Childhood obesity is considered one of the most significant public health challenges of the 21st century. Characterized by a multifactorial etiology, most cases of obesity are associated with modifiable factors related to children’s eating behavior. Recognizing this, several efforts have been made to develop behavior change interventions and policy actions to facilitate children’s maintenance of a healthy eating. These actions and interventions seem to have promising results; however, the quantity and quality of children’s food consumption remain far from the recommendations of the World Health Organization, and the increase in childhood obesity rates persists. The reasons can be, among others, twofold: First, it is possible that there is a mismatch between the content of the actions and interventions developed and the real challenges and needs perceived by the children; Second, most interventionsfocus on transmitting declarative knowledge about healthy eating, without considering the motivational background of the target population. Therefore, there is a need to understand more deeply motivational-related factors that contribute to children’s healthy eating to design adapted guidelines likely to improve actions and interventions carried out with children with the ultimate goal of preventing childhood obesity. This thesis comprises four studies with the aim of contributing to the literature and practice of obesity prevention and promotion of healthy eating by focusing on the motivational side of the chain. The first chapter allowed to understand children’s causal attributions to obesity through a qualitative design. The second and third chapters contributed to clarifying the potential role of motivational-related factors, such as self-regulation, in preventing childhood obesity and promoting children’s healthy eating. Finally, the fourth chapter helped to emphasize that, at these ages, self-regulation can be enhanced when variables from the children’s proximal environments are also considered. Based on solid theoretical backgrounds, the four studies results corroborate research that highlights the complexity of this 21st century challenge and the importance of considering motivational-related factors as allies to achieve healthy eating behaviors. Implications for practice in the domains of health, education, and policy were discussed, as well as suggestions for future research.