The woman-as-witch in nineteenth-century American women's historical fiction

Abstract

The counter-memorialisation of the women perceived as witches in the Salem witch hunt of 1692 in New England began soon after the happenings were over, in non-fiction, namely in history tracts. However, it was only by the nineteenth century that the cultural memory of the woman-as-witch of Salem became more broadly memorialised, using American fiction as its medium. This dissertation addresses the question of the counter-memorialisation of the woman-as-witch of Salem as Romantic heroines in nineteenth-century Romantic historical fiction, particularly by lesser-known American women authors. Thereby I aim to bring to light their contribution to advancing and establishing the (trans)cultural memory of the woman-as-witch of Salem. A cultural descriptive analysis of the corpus of literary mnemonic (re)imaginations is used to outline the transcultural, and counter-memory characteristics of Salem’s woman-as-witch as (re)created by the authors studied. Our selected corpus includes the following Romantic historicals, listed chronologically: Delusion, or The Witch of New England by Eliza Buckminster Lee; Philip English’s Two Cups by M.B Condit; Salem: A Tale of the Seventeenth Century by D.R. Castleton; South Meadows by Ella Taylor Disosway; Martha Corey: A Tale of the Salem Witchcraft by Constance Goddard Du Bois; Dorothy the Puritan: The Story of a Strange Delusion by Agusta Camplbel Watson, and Ye Lyttle Salem Maide: A Story of Witchcraft by Pauline Bradford Mackie. By complementing the existing comparative and contrasting studies, which assess mainly the historical accuracy of the literary representations of the events and key figures of the Salem witch hunt of 1692, our study goes beyond its history or the fiction about its history. It discusses its cultural memory instead.

O processo de contra-memorialização das mulheres percecionadas como bruxas na caça às bruxas de Salem em 1692, na Nova Inglaterra, teve o seu início logo após o termo dos acontecimentos. Primeiramente, foi apenas em tratados históricos que a memória cultural da mulher-bruxa de Salém se tornou mais amplamente memorializada, enquanto que na ficção Americana a sua memorialização teve o seu início no século XIX. Esta dissertação analisa a contra-memorialização da mulher-bruxa de Salém, recreada como heroína romântica na ficção histórica romântica do século XIX, em obras de autoras americanas menos conhecidas. Procuramos, assim, demonstrar a contribuição destas autoras para o avanço e estabelecimento da memória (trans)cultural da mulher-bruxa de Salém. Mediante uma análise descritiva cultural do corpus de (re)imaginações mnemónicas literárias procurámos sublinhar as características transculturais e de contra-memória da mulher-bruxa de Salém, tal como (re)criada pelas autoras. O corpus literário objecto do presente estudo inclui os seguintes romances históricos, listados cronologicamente: Delusion, or The Witch of New England by Eliza Buckminster Lee; Philip English’s Two Cups by M.B Condit; Salem: A Tale of the Seventeenth Century by D.R. Castleton; South Meadows by Ella Taylor Disosway; Martha Corey: A Tale of the Salem Witchcraft by Constance Goddard Du Bois; Dorothy the Puritan: The Story of a Strange Delusion by Agusta Camplbel Watson, and Ye Lyttle Salem Maide: A Story of Witchcraft by Pauline Bradford Mackie. Com o intuito de complementar os estudos comparatistas já existentes, os quais sublinham sobretudo a precisão histórica das representações literárias dos eventos e das figuras-chave da caça às bruxas de Salem de 1692, o presente estudo vai além da mera realidade histórica ou da mera ficção sobre a sua história. Em vez disso, discute a sua memória cultural.