Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/78968

TítuloPrópolis português como agente de biocontrolo de doenças da maçã
Outro(s) título(s)Portuguese propolis as a biocontrol agent in apple diseases
Autor(es)Pereira, Leonor Tunes
Orientador(es)Cunha, Ana
Almeida Aguiar, Cristina
Palavras-chaveAntifúngico
Bioconservante
Biocontrolo
Maçã
Própolis
Apple
Antifungal
Biocontrol
Biopreservative
Propolis
Data2021
Resumo(s)O própolis, um produto natural da colmeia, é uma mistura resinosa elaborada pelas abelhas a partir de plantas, à qual juntam secreções salivares, cera de abelha e pólen para utilizar como material de construção e defesa das colmeias. Usado desde tempos ancestrais para fins terapêuticos devido às suas múltiplas propriedades e bioatividades, nomeadamente antioxidante e antimicrobiana, o própolis tem, desde então, sido alvo de estudo e aplicação em diversas outras áreas e, mais recentemente, na agricultura. A cultura da maçã é, atualmente, uma das mais importantes a nível global e são vários os desafios à sua produção e comercialização, como é o caso das doenças provocadas por fungos que levam a graves perdas económicas, para além de contribuírem para o agravamento do desperdício alimentar. Estas doenças podem ocorrer antes e/ou após a colheita dos frutos e o seu controlo é realizado maioritariamente pela aplicação de produtos químicos de síntese, que garantem bons resultados em pouco tempo. Contudo, o uso persistente destes produtos acarreta riscos para o ambiente e para os seres vivos, além de contribuir para o aparecimento de estirpes resistentes, que requerem a aplicação de maiores quantidades destes produtos, ou até de novos pesticidas, pelo que não só é necessário como urgente desenvolver produtos igualmente eficazes, mas mais sustentáveis e seguros. Assim, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o potencial antifúngico de extratos etanólicos e hidroalcoólicos de própolis português - Cr18.EE e Cr18.EE70, respetivamente - no controlo de fungos da maçã, antes e após a colheita, nomeadamente Venturia inaequalis, Botrytis cinerea e Penicillium expansum. In vitro, os extratos revelaram-se ativos contra B. cinerea e P. expansum, mas principalmente B. cinerea, cujo crescimento do micélio foi inibido em 45, 60 e 61 %, após quatro dias, com concentrações de 500, 1000 e 2000 μg/ml de Cr18.EE, respetivamente, e em 36, 49 e 63 % com as mesmas concentrações de Cr18.EE70. Os resultados in vivo mostraram uma redução do tamanho da lesão provocada por P. expansum em maçãs Golden Delicious até 67 % quando tratadas com uma solução de 5 % de Cr18.EE70, após 14 dias, sem efeitos fitotóxicos relevantes nos tecidos dos frutos. Pode concluir-se, portanto, que os extratos de própolis português têm potencial como biofungicidas na cultura da maçã após a colheita, sendo uma alternativa mais ecológica e segura, com vista a travar o desperdício alimentar e rentabilizar as explorações, valorizando ainda o setor apícola português.
Propolis, a natural product of the hive, is a resinous mixture manufactured by bees from plants to which salivary secretions, beeswax and pollen are added to use as a building and defense material in the hives. This product has been used since ancient times for therapeutic purposes due to its multiple properties and bioactivities, namely antioxidant, and antimicrobial. Since then, propolis has been studied and used in several areas other than medicine, and more recently in agriculture. The apple culture is currently one of the most important globally, and there are several challenges to its production and marketing, such as the fungal diseases that lead to serious economic losses, in addition to contributing to food waste. These diseases can occur pre and/or post fruit harvest and their control is done mainly by the application of synthetic fungicides that guarantee good results in a short period of time. However, the persistent use of these products entails risks to the environment and living beings, in addition contributing to the emergence of resistant pathogen strains, which require the application of greater quantities of these products, or even new pesticides. So, it is not only necessary, but also urgent to develop equally effective products, but safer and more sustainable. Thus, the aim of this work was to evaluate the antifungal potential of ethanol and hydroalcoholic extracts of Portuguese propolis - Cr18.EE and Cr18.EE70, respectively - in the control of apple fungi, pre- and/or post-harvesting, namely Venturia inaequalis, Botrytis cinerea and Penicillium expansum. In vitro, the extracts proved to be active against B. cinerea and P. expansum, but mainly B. cinerea, which mycelium growth was inhibited by 45, 60 and 61 % after four days, with concentrations of 500, 1000 and 2000 μg/ml of Cr18.EE, respectively, and in 36, 49 and 63 % with the same concentrations of Cr18.EE70. The in vivo results showed a reduction in lesion size caused by P. expansum up to 67 % in Golden Delicious apples treated with 5 % Cr18.EE70, after 14 days, without relevant phytotoxic effects on fruit tissues. These results suggest that Portuguese propolis extracts have potential as bio-fungicides in apple culture post-harvest, being an environmentally friendly and safer alternative to reduce food waste and making farms more profitable, while also valuing the beekeeping sector in Portugal.
TipoDissertação de mestrado
DescriçãoDissertação de mestrado em Biologia Molecular, Biotecnologia e Bioempreendedorismo em Plantas
URIhttps://hdl.handle.net/1822/78968
AcessoAcesso aberto
Aparece nas coleções:BUM - Dissertações de Mestrado

Ficheiros deste registo:
Ficheiro Descrição TamanhoFormato 
Dissertacao-36932.pdf2,15 MBAdobe PDFVer/Abrir

Este trabalho está licenciado sob uma Licença Creative Commons Creative Commons

Partilhe no FacebookPartilhe no TwitterPartilhe no DeliciousPartilhe no LinkedInPartilhe no DiggAdicionar ao Google BookmarksPartilhe no MySpacePartilhe no Orkut
Exporte no formato BibTex mendeley Exporte no formato Endnote Adicione ao seu ORCID