Revised Strain Index – RSI (Garg, Moore, & Kapellusch, 2017)

Abstract

[Excerto] Introdução: Em postos de trabalho com um predomínio de trabalho manual e de esforços repetitivos, os trabalhadores estão continuamente expostos ao risco de desenvolvimento de Lesões Musculoesqueléticas Relacionadas com o Trabalho (LMERT) das Extremidades Distais dos membros Superiores (EDS). Estas lesões podem afetar os cotovelos, antebraços, punhos e mãos, sendo frequentemente reportadas em trabalhadores de escritório (com uso contínuo de computador), como noutros contextos ocupacionais onde se verifique uma contínua realização de tarefas manuais repetitivas (Garg & Kapellusch, 2011). A síndrome do túnel cárpico é a LMERT-EDS mais comum em contextos industriais de manufatura (Garg et al., 2012), sendo o Revised Strain Index (RSI) um método focado na previsão de ocorrência de lesões em músculos e tendões do punho (especialmente para a referida síndrome) (Roman-Liu, 2014). É de destacar que os autores do método salientam que este foi desenhado para determinar o risco de LMERT-EDS associado a um dado posto de trabalho, e não para avaliar pessoas (Garg et al., 2017). Para além de fatores organizacionais, ambientais e pessoais, os principais fatores de risco que levam ao desenvolvimento deste tipo de lesões são: força manual, frequência de movimentos, posturas incorretas, duração da tarefa com movimentos repetitivos. Na literatura científica existem vários métodos observacionais que permitem avaliar quantitativamente o risco de ocorrência destas lesões, incluindo o RSI que considera os fatores anteriormente mencionados. Este método, considerando a sua versão original, é recomendado pela ISO 11228-3:2007 para a uma avaliação analítica do risco de LMERT-EDS (Antonucci, 2019). Recentemente, Garg et al. (2017) apresentaram o RSI como uma versão revista do Strain Index (SI), inicialmente proposto por Moore & Garg (1995). [...]