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TítuloO Automóvel e o Desenvolvimento Turístico em Moçambique na primeira metade do século XX
Autor(es)Sarmento, João Carlos Vicente
Palavras-chaveAutomóvel
Turismo Colonial
Moçambique
Paisagem
Velocidade
DataNov-2018
CitaçãoSarmento, J (2018) O Automóvel e o Desenvolvimento Turístico em Moçambique na primeira metade do século XX. Comunicação apresentada no congressoCultura e Turismo: desenvolvimento nacional, promoção da paz e aproximação entre nações
Resumo(s)Desde a sua invenção, o automóvel transformou profundamente a forma como as pessoas se relacionam com o espaço, despoletando e amplificando diversas emoções como o prazer, a sensação de liberdade, a dominação e o controlo, entre outras. Esta comunicação parte de duas linhas de pensamento. A primeira relaciona-se com a chegada do automóvel a África, e a Moçambique em particular, como tecnologia e velocidade no âmbito do controlo do espaço do projeto colonial. Em certa medida inspira-se no trabalho de Paul Virilio, e na noção de tecnologia, velocidade e aceleração (Virilio, 1977; Duffy, 2009). A segunda linha de pensamento baseia-se em algumas ideias de Aldous Huxley (Huxley, 1931), que se prendem com o argumento de que o automóvel permitia novas forma de experienciar as paisagens do continente e novas formas de prazer. O turismo, fortemente relacionado com o projeto colonial enquanto forma de apropriação de terras distantes, modificou-se bastante com a chegada do automóvel. Estee trouxe novas formas de ver e experienciar o território, e abriu novas oportunidades de desenvolvimento turístico (Conlin & Jolliffe, 2017). Tendo em mente que a investigação sobre a história do transporte rodoviário em África é incipiente (Pirie, 2011; Gewald, J-B; Luning, S. & Walraven, K., 2009), e mesmo considerando que há limitações de informação em relação às formas como o automóvel (tal como o caminho de ferro e o avião) contribuíram para o crescimento do turismo em África e em Moçambique em particular, esta comunicação discute várias imagens e informação coligida em arquivos dispersos, argumentando que a sua análise é crítica para a nossa compreensão do desenvolvimento turístico e para a transformação da paisagem. Analisa-se em particular um álbum de fotografias de Moçambique publicado na África do Sul em 1929 pelo fotógrafo José Rufino. As suas representações – visão colonial do país, que pretendeu mostrar o progresso, a ordem e a harmonia – permitem uma discussão da importância do automóvel para a abertura ao turismo de áreas naturais, ao desenvolvimento da caça e do turismo de safari, ao crescimento do touring como complemento aos cruzeiros, entre outros. A comunicação usa diversos fragmentos de informação, desde publicidade em jornais, dados estatísticos incompletos, e diversas imagens que oferecem uma perspetiva sobre o espaço, a paisagem e o desenvolvimento turismo em África e em Moçambique na primeira metade do século XX.
TipoComunicação em painel
URIhttps://hdl.handle.net/1822/60244
Arbitragem científicayes
AcessoAcesso aberto
Aparece nas coleções:GEO - Palestras DGEO (Coleção Palestras)

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