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https://hdl.handle.net/1822/54213
Título: | Frine: da Antiguidade Clássica à ficção dramática de Marcelino Mesquita |
Autor(es): | Curado, Ana Lúcia |
Palavras-chave: | Friné Marcelino Mesquita Figura feminina Receção de tema clássico |
Data: | Fev-2018 |
Editora: | Universidade de Lisboa. Centro de Estudos Clássicos |
Resumo(s): | Reconhecida desde a antiguidade clássica pela sua extraordinária beleza, a figura de Friné percorreu os mais diversos géneros artísticos ao longo dos tempos. Na antiguidade, através de Pseudo-Plutarco (Hiperides, 849e), de Quintiliano (10.5.2), de Ateneu (Deipnosophistae, 567e, 583c e 591d-e) dá-se conta que Friné, cuja vida remonta ao século IV a.C., fora acusada de impiedade perante o tribunal dos heliastas, e que Hiperides, o orador responsável pela sua defesa, temendo pela sua condenação, a desnudou e, desta forma, convenceu os juízes. A tradição observa ainda que ela terá servido de modelo a Praxíteles e a Apeles. A história da modernidade recordou o nome de Friné deixando-o gravado na escultura de Pradier, na pintura de Gérôme, na ópera de Saint-Saëns, na poesia de Bilac, Baudelaire e Rilke. Na cultura dramática portuguesa, em 1917, Marcelino Mesquita dedicou-lhe uma peça, num único ato, sob o título Phryneia (Lisboa, J. Rodrigues & C.ª Editores). Nesse drama, vivido em tribunal, a protagonista da cena vai ser defendida por Hiperides. O ilustre orador ático recupera da história de vida desta mulher a infância pastoril e os encantos que espalhou em Atenas através da «graça do seu corpo, o mimo do seu toque» (p. 14). A sua famosa beleza seduziu a cidade ateniense e, desse modo, Phryneia conquistou «o cobre a prata, após a prata o oiro» (p. 14). Neste drama histórico, em que o infortúnio individual se cruza com o sentimento colectivo, Marcelino Mesquita enaltece o valor supremo da beleza que apaga todos os defeitos e dilui os crimes de que a cortesã era acusada. Esta comunicação procura, pois, conjugar os principais traços que caracterizam Friné, legado da antiguidade, e mostrar que a beleza foi o motivo estético mais sublinhado na obra dramática Phryneia de Marcelino Mesquita. |
Tipo: | Comunicação em painel |
URI: | https://hdl.handle.net/1822/54213 |
Arbitragem científica: | yes |
Acesso: | Acesso restrito UMinho |
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