Alto Minho: Horizonte 2040 – Prospetiva Demográfica e Social (Que Presente para o Futuro?)

Abstract

Durante os últimos tempos, vimos, ouvimos, lemos e sentimos vários testemunhos sobre a presente realidade demográfica no Alto Minho, em Portugal, na Europa e no Mundo. Não podemos ignorar que olhar e pensar o futuro demográfico foi o desafio que se pretendeu com este projeto de investigação, denominado Alto Minho: Horizonte 2040 – Prospetiva Demográfica e Social (Que presente para o futuro?). Não o futuro longínquo, abstrato e sem objeto, mas um futuro concreto: o horizonte (temporal) de uma geração social - 25 anos - no Alto Minho e o seu enquadramento à escala regional, nacional, europeia e internacional. Através deste estudo, partimos em busca das medidas (respostas sociais) que estão a ser tomadas no terreno pelas várias entidades (nomeadamente pela administração central e pela administração local), e qual a reação das pessoas, com o objetivo de estancar a quebra da taxa de natalidade que se observa no Alto Minho, procurando a reposição das gerações. Pesquisamos a sub-região e procuramos saber se, perante os factos do presente, vai ser posto em prática um novo modelo social. Nunca negligenciando que, apesar de reconhecida a importância das políticas públicas de incentivo à natalidade, de âmbito local ou nacional, as decisões de parentalidade são, para além das razões anteriormente evocadas, muito comandadas por outros detalhes, nomeadamente imperativos do foro pessoal, privado e de mentalidade (paradigma cultural que, parece, já não valorizar tanto a maternidade e a paternidade). Serão aquelas medidas suficientes para aumentar o número de nascimentos, para esbater o envelhecimento populacional na base da pirâmide populacional no Alto Minho e, consequentemente, para substituir gerações? Afinal, como se nasce, por que se nasce (ou não) e quanto se nasce no Alto Minho e em Portugal? O problema de Portugal e do Alto Minho será o envelhecimento populacional no topo da pirâmide populacional ou a falta de nascimentos? A diminuição da população será um drama, ou será mais importante, para a viabilidade do país e da sub-região do Alto Minho, a qualidade (em competência, em conhecimento, em dedicação e empenho) da população aqui residente, do que a sua quantidade? Estarão os portugueses, em geral, e os Alto Minhotos, em particular, disponíveis e em condições de dar o seu contributo para a reposição de gerações? Afinal, por que será melhor ter mais filhos? O declínio da fecundidade será uma inevitabilidade? Que presente para o futuro? Eis algumas perguntas a que esta tese procurará responder.

During recent times, we have seen, heard, read and felt various testimonies about the present demographic reality in Alto Minho, Portugal, Europe and the World. We cannot ignore that looking at and thinking about the demographic future was the challenge that was intended with this research project, called Alto Minho: Horizon 2040 - Demographic and Social Prospect (What present for the future?). Not the distant future, abstract and without object, but a concrete future: the (temporal) horizon of a social generation - 25 years - in the Alto Minho and its framing at the regional, national, European and international scale. Through this study, we started looking for the measures (social responses) that are being taken on the ground by the various entities (namely central government and local administration), and what the reaction of people, with the objective of stopping the Birth rate observed in Alto Minho, seeking the replacement of the generations. We look at the sub region and try to know if, given the facts of the present, a new social model will be put into practice. Never neglecting that, despite acknowledging the importance of public policies to encourage the birth, local or national, decisions of parenthood are, in addition to the reasons previously mentioned, very driven by other nuances, namely personal, private and of mentality (a cultural paradigm that, it seems, no longer values maternity and paternity). Are these measures sufficient to increase the number of births, to blur or prevent the aging of the population at the base of the population pyramid of Alto Minho and, consequently, to replace generations? After all, how are you born, why are you born (or not) and how are you born in Alto Minho and Portugal? The problem of Portugal and the Alto Minho will be the aging of the population at the top of the population pyramid or the lack of births? The decrease in population will be a drama, or more important, for the viability of the country and the sub-region of Alto Minho, the quality (in competence, knowledge, dedication and commitment) of the population here resident, than its amount? Are the Portuguese in general and the High Miners, in particular, available and in a position to contribute to the replacement of generations? After all, why should I have more children? Is the decline in fertility inevitable? What gift for the future? Here are some questions that this thesis will try to answer.