Sounds and identity: the role of radio in community building

Abstract

The twentieth century is commonly recognized as the century of image. Many forms of visual communication emerged during the last hundred years, threatening the radio’s triumph as a mass medium. However, maintaining a discreet presence in our lives, radio survived and is still a much-used medium. Although new technologies such as the Walkman and MP3 player “stole” music from radio, people have not given up on radio just yet. Attractive, easy, and cheap, radio is in many communities the most important medium linking people to the global world. In de dense Brazilian Amazon, for instance, radio allows people to stay connected with the rest of the world. Supported by a very simple technology, radio is also based on a very simple language. Although experts and laypeople alike tend to announce the death of radio, they overlook the fact that radio has a more intrinsic place in everyday life than ever before. It is integrated into our mobile phones, our cars, and even some home appliances. This article explores the role of radio in keeping communities linked together. It also aims to put into perspective the power that sound still has within a visual cultural environment.

O século XX é comummente reconhecido como o século da imagem. Muitas formas de comunicação visual emergiram durante os últimos cem anos, ameaçando o triunfo da rádio como meio de comunicação de massas. No entanto, mantendo uma presença discreta nas nossas vidas, a rádio sobreviveu e ainda é um meio muito utilizado. Embora novas tecnologias como o walkman ou o MP3 tenham roubado a música à rádio, as pessoas ainda não desistiram deste meio. Atraente, simples e barata, a rádio é em muitas comunidades o meio mais importante de ligação das pessoas ao mundo global. Na densa floresta amazónica do Brasil, por exemplo, a rádio permite às pessoas manterem-se conectadas com o resto do mundo. Apoiada em tecnologia muito simples, a rádio está também baseada numa linguagem extremamente simples. Muito embora os especialistas tendam a anunciar a morte do meio radiofónico, a rádio tem cada vez mais um lugar intrínseco na vida de todos os dias. Está integrada nos nossos telefones móveis, nos nossos carros e mesmo em alguns eletrodomésticos. Este capítulo explora o papel da rádio para a ligação das comunidades. Também tem o objetivo de questionar o poder do som no contexto de uma cultura visual.