Visual function of novel ophthalmic lenses for the control of myopia progression

Abstract

Myopia, also called nearsightedness, is a refractive error in which rays of light entering the eye parallel to the optic axis are brought to a focus in front of the retina. Myopia progression has been alerting researchers because children with high myopia (>-6.00D) have more chances to develop ocular diseases such as glaucoma, cataract, retinal detachment, and myopic maculopathy or myopic macular degeneration. Myopia is already a public health problem and is estimated that 50% of the world population will be myopic in 2050, and 10% of those will be high myopic. Nowadays, there are many available interventions including optical and medical methods that are reviewed in the present dissertation, all with different efficacy and safety profiles. Nevertheless, there are no standardized and 100% effective methods for controlling myopia progression. That is why more research is needed in current and new methods for myopia control to understand their impact on visual function, that will allow optometrists and ophthalmologists to implement it in their daily practice. The main goal of the present dissertation is to analyse the visual function of a novel ophthalmic method to control myopia, called perifocal spectacle lenses, in order to obtain more knowledge of these new lenses. We analysed peripheral refraction, contrast sensitivity and light disturbance between monofocal lenses (control) and perifocal lenses (test) in seventeen participants. The sample recruited had a mean age of 24 ± 3.52 years and mean spherical equivalent of -2.80 ± 1.75D for the right eye and -2.81 ± 1.82D for the left eye. We observed that the perifocal lenses induced a significant myopic defocus at 25 degrees of-axis, mainly in the nasal retina (induced by the temporal side of the lens). In the nasal retina of the participants, the peripheral refraction changed, on average, -0.42D in the right eye, and -0.74D in the left eye. In the temporal retina, affected by the nasal side of the lens, the differences between control and test measurements were not statistically significant. We found no statistically significant changes in the visual contrast sensitivity and in the light disturbance when subjects were using the perifocal lenses.

A miopia é um erro refrativo em que os raios de luz que entram no olho paralelamente ao eixo ótico, encontram o seu foco antes da retina. A progressão da miopia tem alertado os investigadores, porque crianças com miopias elevadas (>-6.00D) têm mais probabilidade de desenvolver patologias oculares, tais como, glaucoma, catarata, descolamento da retina, e maculopatia miópica ou degeneração macular miópica. A miopia já é considerada um problema de saúde pública e estima-se que 50% da população mundial será míope em 2050, sendo que 10% destes serão altos míopes. Atualmente, existem várias intervenções disponíveis, incluindo métodos óticos e terapêuticos, que são revistos na presente dissertação, todos com diferentes perfis de eficácia e segurança. No entanto, não existe um método padronizado e 100% eficaz para controlar a progressão da miopia. Por esta razão, é necessária mais investigação acerca de métodos atuais e novos para controlar a miopia e compreender o seu impacto na função visual, permitindo a optometristas e oftalmologistas que os implementem na sua prática clínica. O principal objetivo desta dissertação é analisar a função visual de umas novas lentes oftálmicas para o controlo da progressão da miopia, designadas por lentes oftálmicas perifocais, de forma a obter mais conhecimento acerca destas novas lentes. Foi analisada a refração periférica, a sensibilidade visual ao contraste e a distorção luminosa entre lentes monofocais (controlo) e lentes perifocais (teste) em dezassete participantes. A amostra recrutada apresentou uma idade média de 24 ± 3.52 anos e um valor médio de equivalente esférico de -2.80 ± 1.75D para o olho direito e -2.81 ± 1.82D para o olho esquerdo. Observou-se que as lentes perifocais induziram um desfocado miópico significativo a 25 graus fora de-eixo, principalmente na retina nasal (induzido pelo lado temporal da lente). Na retina nasal dos participantes, a refração periférica alterou-se, em média, -0.42D no olho direito e -0.74D no olho esquerdo. Na retina temporal, influenciada pelo lado nasal da lente, as diferenças entre as medidas controlo e teste não foram estatisticamente significativas. Não foram encontradas alterações estatisticamente significativas na sensibilidade visual ao contraste e na distorção luminosa durante a utilização das lentes perifocais.