Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/47977

TítuloProcessos de cultura ambiental em Portugal na imprensa semanal (1973-1976)
Outro(s) título(s)Processes of environmental culture in Portugal in weekly press (1973-1976)
Autor(es)Sarapicos, Rui Jorge Ambrósio
Orientador(es)Mendes, Francisco Azevedo
Palavras-chavePortugal
Revolução
Ecologia
Cultura
Comunicação
Sociedade
Revolution
Ecology
Culture
Communication
Society
Data2016
Resumo(s)A cultura ambiental envolveu durante a década de 1970 avanços significativos na cena das relações internacionais, tendo como marco a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, em Estocolmo, 1972. Esta dissertação procura caracterizar tais processos, vistos por quatro publicações de informação escrita, de periodicidade semanal, em Portugal, entre 1973 e 1976. Em 1974, o país foi atingido por uma revolução. Dois anos depois o direito ao ambiente ganhou dignidade constitucional. Os periódicos, primeiro sujeitos a exame prévio e depois a multas e suspensões aplicadas por uma comissão ad-hoc, reportaram perceções de escassez de recursos energéticos e alimentares e de desqualificação social dos recursos humanos nas pescas e na agricultura, mas também avanços no debate do princípio do poluidor-pagador, na formação de ideias e práticas como a agricultura biológica, a aquacultura, a prospeção de combustíveis fósseis e de energias alternativas, e estudos desenvolvidos pelo Estado Novo sobre o nuclear – que o povo, em 1976, recusou. Sob a ditadura, populações protestaram, dirigentes políticos e cientistas discutiram derrames de crude no mar, de efluentes nos rios e contaminação da atmosfera, crescimento urbano e ordenamento do território, posicionado nas rotas de petroleiros entre o sul e o norte da Europa. As autoridades, que orientaram a níveis diversos ações para restabelecimento das condições ambientais, criaram o primeiro parque nacional. Reconfiguraram a floresta e o litoral para fomentar indústrias. Após a revolução, o ambiente ganhou em termos formais protagonismo político na composição do Governo e no poder legislativo, mas foi perdendo relevância nas agendas e frequência nos espaços editoriais.
Environmental culture involved, during the decade of 1970, significant advances in the scene of international relations such as the United Nations Conference on the Environment, Stockholm, 1972. This dissertation seeks to characterize these processes, seen by four weekly publications, in Portugal, between 1973 and 1976. In 1974 the country was hit by a revolution. Two years later, the environmental law won constitutional dignity. Magazines, first subject to preliminary examination and after the fines and suspensions imposed by an ad hoc committee, reported perceptions of shortages of energy and food resources and social devaluation of human resources in the fisheries and agriculture, but also advances in the discussion of the polluter pays principle and formation of ideas and practices such as organic farming, aquaculture, exploration of fossil fuels and alternative energy, and studies developed by Estado Novo on nuclear – which the people in 1976 refused. Under the dictatorship, the people protested and political and scientific leaders discussed oil spills at sea, effluents into rivers and air pollution, urban growth and territory, located on the routes of oil between Northern and Southern Europe. The authorities took several actions to restore environmental conditions, creating the first national park. They have reshaped the forest and coast to encourage industries. After the revolution, the environment has increased in formal terms in government policy composition, but lost relevance and frequency in editorial spaces.
TipoDissertação de mestrado
DescriçãoDissertação de mestrado em História
URIhttps://hdl.handle.net/1822/47977
AcessoAcesso aberto
Aparece nas coleções:BUM - Dissertações de Mestrado
DH - Dissertações de Mestrado/Master Thesis

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Rui Jorge Ambrósio Sarapicos.pdf2,56 MBAdobe PDFVer/Abrir

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