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https://hdl.handle.net/1822/42535
Título: | Theory of mind during preschool years: Associations with parental mentalizing skills and mental state talk, and links with later social outcomes |
Outro(s) título(s): | Teoria da mente em idade pré-escolar: Associações com mentalização e discurso acerca de estados mentais parentais, e relações com posterior competência social |
Autor(es): | Barreto, Ana Luísa Mendes |
Orientador(es): | Martins, C. Fearon, Pasco |
Data: | 13-Abr-2016 |
Resumo(s): | Aims: This PhD aimed to answer three main research questions: 1) to investigate
whether adult mentalizing abilities were associated to parental mind-mindedness; 2) to
examine the associations between parents‟ mentalizing, mental state discourse and their
preschool children‟s theory of mind (ToM), and 3) to investigate the associations
between preschoolers‟ ToM and mental state talk and their social competence and
behavior, around one year later, while exploring possible gender-specific effects.
Method: Seventy-six families, mother, father and child participated in this study.
Children were assessed at two time-points: at 4 ½ years and four months before entering
school. At 4 ½ years, participants came to the laboratory. Mothers and fathers were first
videotaped during a picture-book reading task with their children, during which both
parents‟ and children‟s mental state talk was coded. Children‟s ToM was assessed,
using a set of six standardized tasks, as well as their verbal ability. In the meantime,
mothers‟ and fathers‟ mentalizing skills and mind-mindedness were also assessed.
Additionally, a set of questionnaires was included, in order to assess the presence of
parents‟ psychopathological symptomatology, their perceptions regarding their
children‟s temperament, and gathering relevant socio-demographic information. Around
one year later, children were reassessed at their preschools, and data was gathered
regarding their teacher-rated social competence and behavior. Results: At 4 ½ years,
the association between parents‟ mentalizing and mind-mindedness was non-significant,
after controlling for their correlates. Moreover, parents‟ mentalizing and children‟s
ToM were not significantly related. Conversely, only mothers‟ (and not fathers‟)
references to mental states, specifically cognitions, were associated with better ToM
abilities evidenced by their children. Finally, preschoolers‟ ToM and use of mental
references, specifically cognitions, were significantly associated. Furthermore, both
children‟s ToM and references to mental states were longitudinally related to children‟s
social competence and behavior, at T2, but only for girls. Conclusions: Our findings
suggest that mothers and fathers can have different ways of thinking about their children as mental agents, and contribute differently to their children‟s ToM abilities, thus
highlighting the importance of considering both parents when investigating their role in
the development of their children‟s understanding of the mind. It also seems important
to continue to study how parents‟ mentalizing abilities can contribute to children‟s ToM
development. Finally, our results suggest the importance of considering gender-specific
effects when investigating children‟s social cognition. Objetivos: Este projeto de doutoramento teve como objetivo responder a três questões de investigação centrais: 1) investigar se a mentalização em adultos estaria associada com as suas perceções parentais dos seus filhos como agentes mentais; 2) examinar as associações entre a mentalização e o discurso acerca de estados mentais parentais e a teoria da mente (ToM) dos seus filhos em idade pré-escolar, e 3) investigar as associações entre a ToM e o discurso acerca de estados mentais das crianças em idade pré-escolar, e a sua competência e comportamentos sociais, cerca de um ano mais tarde, explorando também possíveis efeitos específicos de género. Método: Setenta e seis famílias, mãe, pai e criança, participaram neste estudo. As crianças foram avaliadas em dois momentos temporais: aos 4 ½ anos e cerca de quatro meses antes de entrarem na escola. Aos 4 ½ anos, os participantes visitaram o laboratório. Mães e pais foram primeiro filmados durante uma tarefa de leitura de um livro de imagens com os seus filhos, durante a qual o discurso acerca de estados mentais de pais e crianças foi cotado. A ToM das crianças foi avaliada, usando um conjunto de 6 tarefas estandardizadas, assim como a competência verbal. Entretanto, foram também avaliadas a mentalização e mind-mindedness de mães e pais. Foi igualmente incluído um conjunto de questionários, visando avaliar a presença de sintomatologia psicopatológica dos pais, as suas perceções relativamente ao temperamento dos seus filhos, e obter informações sociodemográficas relevantes. Cerca de um ano mais tarde, as crianças foram reavaliadas nos seus infantários, e foram recolhidos dados acerca das suas competências e comportamentos sociais, na perspetiva dos seus professores. Resultados: Aos 4 ½ anos, a associação entre mentalização e mind-mindedness parentais revelou ser não significativa, depois de controlados os seus correlatos. Também, não foi encontrada uma associação significativa entre a mentalização parental e a ToM das crianças. Por outro lado, só as referências maternas (e não paternas) a estados mentais, especificamente referências a cognições, mostraram estar relacionadas com uma melhor ToM evidenciada pelos seus filhos. Por fim, verificou-se a existência de uma associação significativa entre ToM e as referências a estados mentais, especificamente cognições, das crianças, em idade pré-escolar. Além disso, a ToM e o discurso acerca de estados mentais das crianças mostraram estar longitudinalmente relacionadas com as suas competências e comportamentos sociais, um ano depois, só no que diz respeito às meninas. Conclusões: Os nossos resultados sugerem que mães e pais podem ter formas distintas de pensar acerca dos seus filhos como agentes mentais, e contribuir de forma diferente para o desenvolvimento das suas competências de ToM, salientando por isso a importância de considerar ambos os pais na investigação do seu papel no desenvolvimento da compreensão da mente por parte dos seus filhos. Parece também importante continuar a estudar de que forma é que as competências de mentalização dos pais podem contribuir para o desenvolvimento da ToM das crianças. Por fim, os nossos resultados sugerem também a importância de considerar efeitos específicos de género, na investigação da cognição social das crianças. |
Tipo: | Tese de doutoramento |
Descrição: | Tese de Doutoramento em Psicologia Básica |
URI: | https://hdl.handle.net/1822/42535 |
Acesso: | Acesso aberto |
Aparece nas coleções: | CIPsi - Teses de Doutoramento |
Ficheiros deste registo:
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