Qualidade de vida, imagem corporal, morbilidade psicológica e Coping em pacientes com tumores de pele, na fase de Follow up

Abstract

Este estudo teve como objetivo avaliar a Morbilidade Psicológica, Imagem Corporal, Coping e Qualidade de Vida em pacientes com tumores malignos da pele em fase de follow up. A amostra foi constituída por 56 pacientes, diagnosticados com melanomas, com carcinomas basocelulares e com carcinoma espinocelular. Os instrumentos utilizados foram: Dermatology Life Quality Index (DLQI, Versão experimental Portuguesa de Afonso, Miranda et al., 2004), Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS, Versão Portuguesa de McIntyre, Pereira, Soares, Gouveia & Silva, 1999), Body Image Scale (BIS, Versão Portuguesa de Moreira, Silva, Marques & Canavarro, 2009) e Mini Mental Adjustament to Cancer Scale (Mini Mac, Versão Portuguesa Pais-Ribeiro, Ramos & Samico, 2003). Os resultados obtidos revelaram que os pacientes com menor duração da doença tendem a apresentar uma maior preocupação com a Imagem Corporal e a fazer uma maior utilização dos estilos de Coping Desespero/Desemparo e Preocupação Ansiosa. Relativamente, à localização do tumor, verificou-se que pacientes que apresentam tumor na cara, cabeça ou pescoço tendem a fazer uma maior utilização do estilo de Coping Desespero/Desamparo. Verificou-se não existirem diferenças ao nível da Imagem Corporal, Morbilidade Psicológica e Coping em função do tipo de tumor de pele. Doentes com maior preocupação com a Imagem Corporal apresentavam maior utilização de estratégias de Desespero/Desamparo e Preocupação Ansiosa bem como os que que exibem maior Morbilidade Psicológica que além das estratégias referidas utilizam também mais Evitamento Cognitivo. Finalmente, verificou-se que doentes com maior utilização dos estilos de Coping Desespero/Desamparo, Preocupação Ansiosa, Evitamento Cognitivo e Fatalismo apresentavam menor Qualidade de Vida. Os resultados enfatizam a necessidade de intervir nos doentes com cancro de pele, particularmente ao nível dos estilos de Coping, Morbilidade Psicológica, Imagem Corporal e Qualidade de Vida.

This study assessed psychological morbidity, body image, coping, quality of life in follow-up patients with skin malignant tumors. The sample consisted of 56 patients, with melanomas diagnosed with basal cell carcinomas and squamous cell carcinoma. The instruments used were: Dermatology Life Quality Index (DLQI, DLQI, Portuguese Experimental Version of Afonso, Miranda et al., 2004), Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS, Portuguese Version of McIntyre, Pereira, Soares, Gouveia & Silva, 1999), Body Image Scale (BIS, Portuguese version of Moreira, Silva, Marques & Canavarro, 2009) and Mini Mental Adjustment to Cancer Scale (Mini Mac, (Portuguese Version of Pais-Ribeiro, Samico & Ramos, 2003). The results showed that patients with less disease duration show more concerns with the Physical Image and more use of the Coping Styles Hopeless/Helpless and Anxious Preoccupation. Patients with cancer on the face, head or neck, showed a greater use of Hopeless/Helpless Coping Styles. There were no differences in terms of Body Image, Psychological Morbidity and Coping, according to type of tumor. Patients with greater concern with body image showed greater use of Hopeless/Helpless and Anxious Preoccupation as well as patients with more Psychological Morbidity that, beside the two strategies mentioned, also use more Cognitive Avoidance. Finally, patients with higher use of coping styles Hopeless/Helpless, Anxious Preoccupation, Cognitive Avoidance and Fatalism showed lower quality of life. The results emphasize the need to intervene in patients with skin cancer, particularly for those styles of Coping, Psychological Morbidity, Body Image and Quality of Life.