Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/24276

TítuloA Mind-mindedness da cuidadora e o desenvolvimento sociocognitivo da criança institucionalizada
Autor(es)Terra, Joana Filipa Pereira
Orientador(es)Soares, Isabel
Martins, Carla
Palavras-chaveMind-mindedness das cuidadoras
Desenvolvimento sociocognitivo em crianças institucionalizadas
Qualidade cuidados relacionais
Caregivers’ mind-mindedness
Children’ socio cognitive development
Quality of relational care
Data2012
Resumo(s)Objetivo: A presente investigação procurou compreender o papel da mind-mindedness das prestadoras de cuidados no desenvolvimento sociocognitivo das crianças institucionalizadas. Mais, tentou esclarecer a importância de outras variáveis - relativas às características das cuidadoras, à qualidade dos cuidados relacionais e à própria criança – no desenvolvimento sociocognitivo da criança e no nível de mind-mindedness apresentado pelas cuidadoras. Método: A mind-mindedness interativa das cuidadoras (N=37) foi obtida através dos seus comentários a estados mentais, avaliados a partir de interações cuidadora-criança (N=49). Os resultados sociocognitivos das crianças institucionalizadas em Centros de Acolhimento Temporário (CAT) da zona norte do país, com idades compreendidas entre os 3 e 5 anos (N=49), foram obtidos a partir dos seus níveis de Discurso com referências a estados mentais (avaliado a partir da referida interação cuidadora-criança), Subquociente de Desenvolvimento da Audição e Linguagem e Quociente de Desenvolvimento Mental (ambos obtidos a partir da Escala de Desenvolvimento Mental de Ruth Griffiths (1984). As habilitações literárias e formação específica das cuidadoras foi obtida a partir do Questionário ao Prestador de Cuidados; a qualidade dos cuidados relacionais aferida a partir do rácio cuidadora-criança e da classificação da qualidade do vínculo criança-cuidadora, avaliados pelo Questionário ao Prestador de Cuidados e Questionário de Identificação do Cuidador, respetivamente. Além destes, avaliou-se também a idade, sexo, idade de admissão à institucionalização, tempo de institucionalização através da Ficha de Caracterização da Informação Sociodemográfica, e temperamento da criança através do Children Behavior Questionnaire (CBQ; Rothbart et al., 2001; versão portuguesa Lopes, 2011. Resultados: Verificou-se a inexistência de uma associação significativa entre a mind-mindedness das cuidadoras e os três marcadores de desenvolvimento sociocognitivo das crianças. Nenhuma das previsões efetuadas face ao papel das restantes variáveis em análise, no desenvolvimento sociocognitivo e nos níveis de mind-mindedness, foi verificada. Contudo verificou-se a presença de uma associação significativa entre a idade da criança e o Subquociente de Desenvolvimento da Audição e Linguagem. Conclusão: Várias hipóteses foram colocadas em relação às possíveis razões que levam a que, em contexto institucional, a Mind-mindedness das cuidadoras não esteja associada aos marcadores do desenvolvimento sociocognitivo da criança, e que consequentemente expliquem os mecanismos que possam influenciar as aquisições sociais e cognitivas das crianças institucionalizadas. Contudo, atendendo ao elevado número de limitações apontadas ao estudo sublinha-se a possibilidade destes estarem na base dos resultados estatisticamente insignificativos. Sugere-se a replicação do estudo, após superação das limitações, possibilitando o teste mais rigoroso das previsões inicialmente estabelecidas, permitindo aferir a sua validade de modo mais consciencioso.
Objective: This investigation aimed to understand the role of caregivers’ mind-mindedness on social cognitive development of institutionalized children, and also to attempt to clarify the importance of other variables – related to the caregivers’ characteristics, to the quality of relational care and to the children themselves – on social cognitive child’ development and on the level of mind-mindedness displayed by caregivers. Method: Interactive mind-mindedness was obtained from caregivers (N=37) through their comments on mental states, and was assessed during caregiver-child interactions (N=49). Social cognitive outcomes of institutionalized children at Centros de Acolhimento Temporário (CAT) in the north of the country, aged between 3 and 5 years (N=49), were obtained through their levels of Mental Talk (assessed during caregiver-child interactions), their Sub quotient of Development on Hearing and Language and their Quotient of Mental Development (both obtained through Griffiths Mental Development Scale (1984). The education level and specific training of caregivers were obtained from the Caregivers’ Questionnaire ; quality of relational care was assessed from caregiverchild ratio and rating of quality of child-caregiver relationship, assessed by the Caregivers’ Questionnaire and the Identification of Caregiver’ Questionnaire, respectively. In addition, we also evaluated age, sex, age of admission to institution, length of institutionalization through the Characterization Form of Socio Demographic Information and child temperament trough the Children Behavior Questionnaire (CBQ; Rothbart et al., 2001; versão portuguesa Lopes, 2011). Results: There was no significant association between caregivers’ mind-mindedness and the three markers of children’ social cognitive development. None of the predictions made about the role of other variables in the study on children’ social cognitive development and on the levels of mind-mindedness was verified. However, there was a significant association between child’s age and his Sub quotient Development of Hearing and Language. Conclusion: Several hypotheses have been raised regarding the possible reasons for the mind-mindedness not to be associated with the markers of children’ social cognitive development, in institutional context, which consequently explain the mechanisms that may influence the social and cognitive acquisitions of institutionalized children. However, given the high number of study limitations, we emphasize the possibility that these are the basis of the statistically insignificant results. It is suggested the replication of the study, after overcoming of the limitations, which may enable more rigorous testing of the predictions initially established and allowing a more conscientious assessment of the their validity.
TipoDissertação de mestrado
DescriçãoDissertação de mestrado integrado em Psicologia (área de especialização em Psicologia Clínica)
URIhttps://hdl.handle.net/1822/24276
AcessoAcesso restrito UMinho
Aparece nas coleções:BUM - Dissertações de Mestrado

Ficheiros deste registo:
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Joana Filipa Pereira Terra.pdf
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