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https://hdl.handle.net/1822/68262
Título: | Confinar a experiência escolar num ecrã? |
Outro(s) título(s): | Confine the school experience on a screen? ¿Confinar la experiencia escolar en una pantalla? |
Autor(es): | Lima, Licínio C. Pino, Ivany Adrião, Theresa Almeida, Luana Ferretti, Celso Zuin, Antonio Zákia, Sandra Goergen, Pedro Moraes, Carmen Silveira, Adriana Ximenes, Salomão Rambla, Xavier |
Palavras-chave: | Experiência escolar Confinamento COVID-19 |
Data: | Jul-2020 |
Editora: | Centro de Estudos Educação e Sociedade (CEDES) |
Revista: | Educação & Sociedade |
Citação: | Lima, Licínio C. et al. (2020). Editorial: Confinar a experiência escolar num ecrã? Educação & Sociedade, v. 41 https://doi.org/10.1590/ES.240846 |
Resumo(s): | [Excerto] A educação escolar foi, historicamente, confinada numa sala de aula, a partir de uma tecnologia multissecular: o ensino em classe, capaz de ensinar a todos como se fossem um só, desenvolvido de maneira organizada nos colégios dos Jesuítas. O projeto de uma educação escolar em larga escala baseou-se nessa tecnologia e numa outra, ainda de mais vasto alcance: a imprensa de Gutenberg e o consequente livro impresso. Foi o que permitiu a Coménio (1976), na sua Didáctica Magna, prometer ensinar tudo a todos e em todos os lugares.Nossas escolas, ainda hoje, revelam um modelo organizacional não muito diferente daquele. Por um lado, a “forma escolar moderna” viria a permitir maior acesso à cultura letrada e, em certos períodos históricos, maior democratização da educação. Todavia, os inconvenientes de uma escola de massas, potencialmente mais democrática, que, contudo, privilegiou o modelo de organização industrial, e por vezes militar – massificando a educação escolar e impondo sofisticados instrumentos de controle sobre professores, alunos e suas famílias –, são bem-conhecidos. De Paulo Freire (1987) e suas críticas à educação bancária e à escola burocrática e opressora até Ivan Illich (1977) e sua defesa de uma sociedade sem escolas, para que a educação, como processo de convivencialidade e de humanização, pudesse ocorrer, são inúmeras as queixas contra uma escola que, frequentemente, serviu a propósitos de desumanização, alienação e controle sobre corpos e mentes. Illich acusou os professores de quererem transformar o mundo numa imensa sala de aula; ou seja, numa educação produtivista e em larga escala, que foi enclausurada numa sala, procurando, no entanto, generalizar esse modelo e expandi-lo universalmente, por meio da “maravilha tecnológica”. Com efeito, os processos, diversos e contraditórios, de digitalização da educação escolar, de escola virtual, de desmaterialização da sala de aula, de educação dita “a distância”, de cursos on-line, aí estão, presentes cada vez mais e com pujança, tendo, recentemente, beneficiado do estatuto de recurso emergencial no contexto pandémico da COVID-19. [...] |
Tipo: | Editorial em revista |
URI: | https://hdl.handle.net/1822/68262 |
DOI: | 10.1590/ES.240846 |
ISSN: | 0101-7330 |
e-ISSN: | 1678-4626 |
Versão da editora: | https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-73302020000100101 |
Arbitragem científica: | yes |
Acesso: | Acesso aberto |
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