Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/63056

TítuloTransição para a paternidade: mudanças hormonais no pré-natal
Autor(es)Silva, Catarina Sofia Maia
Leite, Estela Carolina Castro
Martins, Cristina Araújo
Palavras-chavePregnancy
Fathers
Hormones
Data2018
Resumo(s)Introdução: As alterações hormonais que as mulheres experienciam ao longo da gravidez estão bem descritas na literatura (Kumar & Magon, 2012; Makieva, Saunders, & Norman, 2014), no entanto pouco se conhece sobre as alterações hormonais pré-natais entre os homens. Objetivo: Sistematizar a evidência sobre as alterações hormonais no homem, futuro pai, durante o período pré-natal; tendo como finalidade sustentar uma prática clínica facilitadora da transição para a paternidade. Metodologia: Revisão integrativa da literatura orientada pela questão de investigação “Quais as alterações hormonais nos homens durante o período pré-natal?”. Para a seleção de estudos recorreu-se à pesquisa em bases de dados eletrónicas, via EBSCOhost e B-on, no idioma inglês e com restrição de data entre 2000 e 2018. Incluídos 15 artigos. Resultados: Durante o período pré-natal verifica-se uma diminuição da testosterona nos homens, demonstrando que as alterações hormonais associadas à transição para a paternidade podem ocorrer antes do nascimento e não dependem necessariamente da presença de uma criança (Edelstein, Wardecker, Chopik, Moors, Shipman, & Lin, 2015). Homens que apresentam um maior decréscimo reportam maior envolvimento e satisfação no pós-parto (Saxbe, Edelstein, Lyden, Wardecker, Chopik, & Moors, 2017). O declínio da testosterona parece refletir as mudanças no foco dos novos pais para um cuidado mais atencioso à criança (Gettler, McDade, Feranil, & Kuzawa, 2011; van Anders, Tolman, & Volling, 2012). Os níveis séricos de cortisol no homem aumentam ao longo da gravidez (Storey, Walsh, Quinton, & Wynne-Edwards, 2000), havendo alguma evidência de que níveis elevados próximos do parto estão relacionados com uma preparação do homem para cuidar e estabelecer uma ligação e apego ao filho. Nos homens, as concentrações de estradiol aumentam desde o último mês de gravidez até ao primeiro mês pós-parto. Quando comparados com homens sem filhos, os futuros pais apresentam níveis mais elevados de estradiol (Berg & Wynne-Edwards, 2001) reforçando a relação entre o aumento do estradiol e a função paterna. Os níveis de prolactina são mais elevados na reta final da gravidez, quando comparados com a fase inicial, sendo que homens com maior capacidade de resposta ao choro do bebé também apresentam níveis mais altos desta hormona (Storey et al., 2000). A progesterona não apresenta mudanças significativas durante o período pré-natal (Edelstein et al., 2015), no entanto a literatura evidencia que os homens que relatam emoções mais positivas depois de interagirem com os seus filhos apresentam níveis mais elevados desta hormona (Gettler et al., 2013). A vasopressina parece estar mais envolvida do que a ocitocina na transição para a paternidade (Feldman, Gordon, & Zagoory‐Sharon, 2011). Durante a gravidez, a administração desta hormona via nasal desencadeia um maior interesse dos futuros pais pelo bebé e pelo papel de pai (Cohen-Bendahan, Beijers, van Doornen, & Weerth, 2015). Conclusão: Durante a gravidez os homens experienciam mudanças hormonais que moldam a sua adaptação ao papel paterno. Reconhecer o quão desafiante pode ser a transição do homem que se torna pai, permite aos profissionais de saúde empreenderem esforços para adotarem práticas capazes de facilitar esta transição ímpar na vida do homem e da família.
TipoPoster em conferência
URIhttps://hdl.handle.net/1822/63056
Arbitragem científicayes
AcessoAcesso aberto
Aparece nas coleções:ESE-CIE - Comunicações / Communications

Ficheiros deste registo:
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Transição para a paternidade_Mudanças hormonais no pré-natal.pdfPoster apresentado no 2º Encontro Internacional de novos paradigmas no nascimento831,8 kBAdobe PDFVer/Abrir

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