Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/59629

TítuloMemórias de um militar e prisioneiro em Goa (1961-62)
Autor(es)Macedo, Ana Maria da Costa
Palavras-chaveMemórias militares e coloniais
Cartas
Diário
Prisioneiro
Goa
Military and colonial memories
Letters
Diary
Prisoner
Data2018
EditoraAssociação Portuguesa de Ciências da Comunicação (SOPCOM)
RevistaVista: Revista de Cultura Visual
CitaçãoMacedo, A. (2018). Memórias de um militar e prisioneiro em Goa (1961-62). Vista - revista de cultura visual, (2), 200–222.
Resumo(s)Um militar de carreira, nos inícios de 1961, parte de Castelo Branco para Goa (Pangim) em cumprimento de uma comissão de serviço de dois anos como capitão de cavalaria. O objetivo da comissão em que se integra é o de mobilizar o Paquistão para a defesa dos territórios portugueses na Índia, reivindicados pela União Indiana desde 1950. Estas memórias são fruto da análise das dezenas de cartas que escreve ao pai durante o exercício da sua missão, bem como do diário que redige ao longo dos 5 meses em que é prisioneiro de guerra após a rendição das tropas portuguesas. Estamos certos de constituírem um contributo fiel e invulgar para a reconstituição do papel português em Goa após 450 anos de colonização. Sem as distorções que a distância temporal normalmente acarreta, os registos feitos diretamente pelo próprio permitiram-nos o acesso espontâneo aos hábitos e modos de vida goeses bem como à capacidade de adaptação do português e respetivas manifestações de interculturalidade. Permitiram-nos ainda aceder ao relato pormenorizado da vida quotidiana e dos sentimentos dos prisioneiros de guerra portugueses em Goa durante os meses de cativeiro. Perante o incumprimento das ordens de Salazar dirigidas ao governador Vassalo e Silva nos momentos que antecederam a invasão do território português na Índia – “Soldados vitoriosos ou mortos” – os ex-prisioneiros, regressados a Lisboa em maio de 1962, não foram, naturalmente ovacionados.
In the beginning of the year of 1961, a professional soldier leaves Castelo Branco (Portugal) in a two years military service to Pangim, Goa (India’s region today) as a Cavalry Captain. The mission main goal is to persuade the neighbor Pakistan to defend the territory under Portuguese control, which is claimed by the Dominion of India since 1950. Through dozens of letters sent by this Captain to his father during his military mission, and also from the diary he writes in 5 months of imprisonment in India after the Portuguese surrender, this compilation provides an unusual and historical memory to understand the role of Portugal in Goa region after 450 years of colonization. On the one hand, the Goan customs and lifestyles and, on the other, the intercultural relations and the Portuguese capacity for adaptation, are faithfully represented by the soldier himself on his regular reports, without the typical linguistic misunderstandings that older documents usually contain. Besides, it is also possible to access, in a very detailed written, to the description of the war prisoners’ daily routine and their feelings during those months in jail. After the disrespect of the Prime Minister Salazar’s order to the Governor Vassalo e Silva in the moments before the Indian invasion – “Victorious Soldiers or Dead Soldiers” –, the recently released prisoners go back to Lisbon in May 1962, waiting for everything but ovation.
TipoArtigo
URIhttps://hdl.handle.net/1822/59629
ISSN2184-1284
Versão da editorahttp://vista.sopcom.pt/edicao/235
Arbitragem científicayes
AcessoAcesso aberto
Aparece nas coleções:CECS - Artigos em revistas nacionais / Articles in national journals

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