Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/56927

Título«Como se todos os pesadelos se tivessem transformado num lugar»: Neil Gaiman e A Estranha Vida de Nobody Owens
Autor(es)Silva, Sara Raquel Reis da
Palavras-chaveLiteratura para a infância e juventude
Imaginário esotérico
Neil Gaiman
Estranha Vida de Nobody Owens
Literatura crossover
DataJun-2016
EditoraEdições Húmus
Resumo(s)Se, na literatura portuguesa preferencialmente destinada aos jovens leitores, o imaginário esotérico ou, até, as narrativas góticas são raras, alguns volumes traduzidos e editados no nosso país têm alcançado um notório sucesso. É o que se constata com a recepção de A Estranha Vida de Nobody Owens (The Graveyard Book) (2010, Editorial Presença), do britânico Neil Gaiman. Trata-se de uma obra galardoada com prémios sucessivos, escrita por um autor (re)conhecido, por exemplo, pela série de novelas gráficas Sandman, publicadas após o sucesso também de uma novela gráfica, Violent Cases, em co-autoria com Dave Mckean, bem como pelo facto de duas das suas obras (Stardust – O Mistério da Estrela Cadente (2007) e Coraline e a Porta Secreta (2009)), terem sido adaptadas para cinema. De A Estranha Vida de Nobody Owens, novela em oito capítulos, intermediados por um «Interlúdio – A Convocação», sobressái, desde logo, um locus “surpreendente”, um cemitério. Neste cenário, movimentam-se, além do próprio protagonista, que aí vive, habitantes assombrosos, fantasmas e “criaturas mortas” que suscitam no leitor reacções distintas, ou não desvendassem elas, frequentemente, um certo “charme retro” e não fossem moduladas por um “finíssimo humor negro”. Aspectos como estes, aliados a um leitmotiv coincidente com o assassinato de uma família, a um herói que aprende as técnicas de terror e do “desvanecimento” ou a um desenho espácio-temporal marcado por ruínas, pelo sombrio, pelo nevoeiro, pelo nocturno, e onde prevalecem o medo, o mistério e o sobrenatural, aproximam a obra de Gaiman da narrativa gótica. Além disso, à semelhança da produção literária assinada por J. K. Rowling ou por Phillip Pullman, a novela que nos propomos analisar situa-se no universo comummente apelidado de “crossover literature”. Importa, pois, problematizar as razões que sustentam essa classificação, percorrendo, por exemplo, elementos paratextuais quer de tipo peritextual – como as ilustrações de Chris Ridell –, quer de tipo epitextual – como alguma crítica literária de que tem sido objecto.
TipoCapítulo de livro
URIhttps://hdl.handle.net/1822/56927
ISBN978-989-755-212-0
AcessoAcesso aberto
Aparece nas coleções:CIEC - Livros e Capítulos de Livros

Ficheiros deste registo:
Ficheiro Descrição TamanhoFormato 
Neil_Gaiman.pdf7,59 MBAdobe PDFVer/Abrir

Partilhe no FacebookPartilhe no TwitterPartilhe no DeliciousPartilhe no LinkedInPartilhe no DiggAdicionar ao Google BookmarksPartilhe no MySpacePartilhe no Orkut
Exporte no formato BibTex mendeley Exporte no formato Endnote Adicione ao seu ORCID