Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/55891

TítuloComida, comensalidade e reclusão: sentidos do que se (não) come, como e com quem numa prisão portuguesa
Autor(es)Cunha, Manuela Ivone P. da
Palavras-chaveComida
Comensalidade
Prisão
Food
Commensality
Prison
Data2018
RevistaTrabalhos de Antropologia e Etnologia
CitaçãoCunha, Manuela P. da (2018), “Comida, comensalidade e reclusão. Sentidos do que se (não) come, como e com quem numa prisão portuguesa” [Food, commensality, and penal confinement. To eat or not to eat, how, and with whom in a Portuguese prison]. Trabalhos de Antropologia e Etnologia, vol. 58: 341-358
Resumo(s)The “social fact” of food is considered in this paper as an object in itself, in the specific characteristics that it assumes in a prison context and, at the same time, as a window onto the prisoners social and moral world. The particular meanings that food is endowed with in prison are connected with institutional power, with the identities it puts to the test or that resist it, with the cut it esta-blishes with the outer world or with the continuity with that same world that prisoners seek to preserve. However, the meaning of other lesser-known aspects concerning the relation between commensality and prison sociality can only be fully grasped through the comparison of different forms. Drawing from an ethnography in a Portuguese prison, I will focus on two periods in which opposite configurations prevailed. These were contrasting empirical realities whose relevance was then first and foremost descriptive. Today they can also be understood as ideal-types with analytical relevance, even when their empirical expression is more mitigated. What the comparison between such configurations shows is that the meaning of food and commensality is shaped not only by the "carceral" character of the context in question, but also by the "contextual" character of the social relations that take place in prison.
O facto social da alimentação é considerado neste texto como objeto em si, nas características específicas que assume em contexto prisional e, ao mesmo tempo, como janela para o mundo social e moral recluso. Os sentidos particulares que aí adquire articulam-se com o poder institucional, com as identidades que ele põe à prova ou que lhe resistem, com o corte que institui com o mundo exterior ou com a continuidade com esse mesmo mundo que se procura salvaguardar. Porém, o sentido de outros aspetos menos conhecidos, respeitantes à relação entre comensalidade e socialidade prisional, apenas se deixa captar plenamente através da comparação entre formas distintas. Partindo de uma etnografia numa prisão portuguesa, tomo como referência dois períodos em que predominaram configurações extremas de sentido oposto. Então realidades empíricas contrastantes cuja relevância era antes de mais descritiva, podem também hoje ser entendidas como ideal-tipos com relevância analítica, mesmo quando a sua expressão empírica é mais mitigada. O que a comparação entre tais configurações mostra é que o sentido da comida e da comensalidade é configurado não apenas pelo caráter “prisional” do contexto em causa, mas também pelo caráter “contextual” das relações sociais que nele têm lugar.
TipoArtigo
URIhttps://hdl.handle.net/1822/55891
ISSN2183-0266
Arbitragem científicayes
AcessoAcesso aberto
Aparece nas coleções:CRIA-UMinho - Artigos (Papers)

Ficheiros deste registo:
Ficheiro Descrição TamanhoFormato 
comida_manuelacunha_final.pdf339,15 kBAdobe PDFVer/Abrir

Este trabalho está licenciado sob uma Licença Creative Commons Creative Commons

Partilhe no FacebookPartilhe no TwitterPartilhe no DeliciousPartilhe no LinkedInPartilhe no DiggAdicionar ao Google BookmarksPartilhe no MySpacePartilhe no Orkut
Exporte no formato BibTex mendeley Exporte no formato Endnote Adicione ao seu ORCID