Mundos sociais e culturais das crianças, ofícios da infância partilhados

Abstract

A presente comunicação tem como base a análise de narrativas, recolhidas de forma sistemática entre1995 e 1999, sobre representações das crianças e memórias da banda, dos alunos das disciplinas de Introdução às Ciências Sociais na Licenciatura em Ciências da [dotação da Universidade do Porto (UP) e de Sociologia da Educação da Licenciatura em Educação e Bacharelato em Educação de Infância da Universidade do Minho (UM). Na sequência de um conjunto de preocupações de carácter epistemológico e pedagógico em que procuramos assumir a criança como agente e actor social fornos sendo confrontadas com uma série de resistências por parte dos/as estudante% na nossa prática de docência das referidas disciplinas Este estudo pretende identificar as características estruturais e estruturantes que naquelas representações e memórias conferem existência ao conceito de criança e infinda bem como às diferentes conceções que lhe subjazem. A discussão dos argumentos e justificações em que tal conceito e conceções se alicerçam permite identificar a Interferência de obstáculos epistemológicos, sobretudo, de tipo naturalista e etnocentrista (por referência ao mundo dos adultos). Discute-se ainda de que modo, ao uivei da intervenção educativa, na formação de profissionais da educação se compreende a introdução de uma reflexão de tipo sociológico que socorrendo-se das representações das crianças e das memórias de infância, enquanto dispositivo pedagógico, permite reconhecer às crianças o estatuto de actores e agentes sociais, bases de um novo paradigma em educação.