Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/48611

TítuloCriminal persistence and psychosocial problems in young adults with a history of juvenile delinquency
Outro(s) título(s)Persistência criminal e problemas psicossociais em jovens adultos com história de delinquência juvenil
Autor(es)Pereira, Miguel Basto
Orientador(es)Maia, Angela
Data14-Jul-2017
Resumo(s)Introduction: Scientific evidence shows that a set of family and psychosocial elements are risk factors for juvenile delinquency. Nonetheless, a meta-synthesis of factors predicting desistence from crime in juvenile offenders, which could play a central role in preventing crime, has never been done. This is not the only limitation. If Adverse Childhood Experiences (ACE) are a unanimous risk factor for juvenile delinquency, the role of each early adverse experience on crime and social marginalization are almost unknown. Worldwide, the levels of effectiveness of justice interventions are not encouraging, despite the majority of legal frameworks having the aim of preventing recidivism and promote social integration. An explanation is that interventions with youth offenders are more focused on recidivism, than on the mechanisms promoting social integration throughout adulthood (e.g. employment). Moreover, when youths with justice involvement reach adulthood, very little is known about what dimensions should be intervened. Objectives: The purpose of this dissertation is to advance knowledge about the role of psychosocial, legal, and family factors on persistence in crime and social marginalization in young adults with a history of juvenile delinquency. This dissertation has eight objectives divided among five chapters: Chapter 1, to evaluate the youth long-term predictors of desistence from crime in adults with a history of juvenile delinquency (objective 1); Chapter 2, to explore the role of each ACE on juvenile justice involvement (objective 2), persistence in crime (objective 3), and psychosocial problems (objective 4); Chapter 3, to examine the mechanisms involved in the link between ACE and delinquency (objective 5); Chapter 4, to explore the role of juvenile justice involvement (objective 6) and detention measures (objective 7) on psychosocial problems and persistence in crime during young adulthood; and lastly; Chapter 5, to evaluate the relation between adult psychosocial problems and criminal indicators (objective 8); in individuals with official record of juvenile criminal offenses (ORJC). Method: The sample (N = 315) is composed of two subsamples of participants aged between 18 and 26 years of age, 75 young adults with past educational guardianship measures (ORJC) in 2010/2011, and 240 young adults from the community. Participants from the ORJC sample were identified through 28 Portuguese Probation Offices or Juvenile Justice Offices in 2014/2015 where they were serving, or had finished sentences relating to juvenile convictions or new convictions in the adult courts. The community sample was collected through schools, social welfare, and other organizations across the country. Participants completed a protocol evaluating a broad range of areas of life during early adulthood including social (e.g. employment), academic (e.g., school achievement), psychological (e.g., mental health), and criminal (e.g. delinquency) outcomes. In order to create an acceptable basis to compare both samples, a sex, age bracket, and race/minority matched control group was created (n = 138, n=69 by sample). Almost all analyses were performed using correlations, t-student tests, and regression models. Results: Regarding to the systematic review, twenty-three dimensions evaluating desistence from crime were found in more than one study. While twelve dimensions were inconsistently significant predictors, the remaining factors studied were consistently non-significant predictors of desistance from crime. Regarding to chapter two, physical abuse, parental separation, and incarcerated household members in the first 18 years of life were independent predictors of juvenile justice involvement, while sexual abuse predicted both, juvenile justice involvement and persistence in crime. Emotional neglect and mental illness in the household predicted psychosocial problems, while mental health problems partially mediate the relationship between ACE and current delinquency in individuals with records of juvenile delinquency. We also found that young adults with ORJC have significantly worse social, academic and criminal outcomes when compared with the matched control group, while young adults with past juvenile justice involvement and detention measures have significantly higher level of schooling and a marginally significant higher number of arrested friends and higher levels of self-reported delinquency in the last 12 months. Finally, current mental health problems, drug misuse, and level of education were significantly or marginally significantly related with current criminal indicators in the ORJC sample. Conclusions: This doctoral thesis suggests that the majority of factors predicting the engagement in juvenile anti-social behaviors are present in both persisters and desisters from crime. Moreover, only sexual abuse was related to persistence in crime in young adults with ORJC, while several ACE were related to juvenile justice involvement and psychosocial problems during young adulthood. Our findings support the presence of labeling and deviant peer contagion effects as result of juvenile justice involvement. Therefore, our findings suggest that the best way to promote desistence from crime is to prevent juvenile justice involvement, and due to the high relevance of ACE, Child Protective Services might be the first line of intervention in deviant behavior. Finally, mental health problems were found to be mediator between ACE and delinquency, and established the most important relationship between psychosocial problems and criminal outcomes, followed by drug misuse and level of education in young adults with records of juvenile delinquency. We recommend that mental health problems (including addiction) and school failure should be targeted in interventions with juvenile and adult offenders.
Introdução: Evidência científica sugere que um conjunto de dimensões familiares e psicossociais são fatores de risco para a delinquência juvenil. Contudo, uma meta-síntese sobre os fatores de desistência do crime em jovens ofensores, aspeto central para prevenção criminal, nunca foi feita. Esta não é a única limitação. Se experiências adversas na infância (EAI) são um fator de risco unanime para a delinquência juvenil, o papel de cada EAI no crime e na marginalização social, é praticamente desconhecido. A nível mundial, a eficácia das intervenções do sistema de justiça juvenil não é encorajadora, apesar da maioria dos enquadramentos jurídicos ter como objetivo maior prevenir a reincidência e promover a integração social. Uma explicação é o facto de as intervenções com jovens ofensores serem mais focadas na reincidência e não nos mecanismos que promovem a integração social ao longo da idade adulta (e.g. emprego). Mais ainda, quando estes jovens atingem a idade adulta pouco se sabe sobre que áreas devem ser intervencionadas. Objetivos: Esta tese pretende avançar conhecimento sobre o papel de fatores psicossociais, legais e familiares na persistência no crime e marginalidade social em jovens adultos com história de delinquência juvenil. Este trabalho tem oito objetivos divididos por cinco capítulos: Capítulo 1, avaliar os fatores preditores de desistência do crime durante a menoridade em adultos com história de delinquência juvenil (objetivo 1); Capítulo 2, explorar o papel de cada EAI no envolvimento no sistema de justiça juvenil (objetivo 2), persistência no crime (objetivo 3) e problemas psicossociais (objetivo 4); Capítulo 3, avaliar fatores mediadores entre EAI e delinquência (objetivo 5); Capítulo 4, explorar o papel da aplicação de medidas tutelares educativas (objetivo 6), e dos centros educativos (objetivo 7), nos problemas psicossociais e persistência no crime; e, Capítulo 5, avaliar a relação entre problemas psicossociais e indicadores criminais (objetivo 8); em jovens adultos com história oficial de delinquência juvenil. Método: A amostra (N=315) é composta por duas subamostras com participantes com idades entre os 18 e os 26 anos, 75 jovens adultos com histórico de aplicação de Medidas Tutelares Educativas - MTE (envolvimento no sistema de justiça juvenil) em 2010/2011, e 240 jovens adultos da comunidade. Participantes com história de MTE foram identificados em 2014/2015 através de 28 equipas tutelares ou penais onde estavam a cumprir ou terminaram MTE ou novas medidas por condenações em tribunal penal. A amostra da comunidade foi recolhida em escolas, serviços sociais e outras organizações pelo país. Os participantes completaram o protocolo que avaliava um conjunto grande de áreas incluindo dimensões sociais (e.g. emprego), académicas (e.g. escolaridade), psicológicas (e.g. saúde mental), e criminal (e.g. delinquência). Para criar uma base aceitável de comparação, foram criados grupos emparelhados em relação ao sexo, grupo etário, e etnia/minoria (n=138, n=69 por amostra). Quase todas as análises foram realizadas utilizando correlações, testes t-student, e modelos de regressão. Resultados: No que se refere à revisão sistemática, foram identificadas 23 dimensões que avaliaram desistência do crime em mais que um estudo. Enquanto 12 dimensões foram inconsistentemente significativas ao longo dos estudos, as restantes dimensões foram preditores consistentemente não significativos da desistência do crime. Em relação ao capítulo 2, abuso físico, separação parental, e ter vivido com alguém que esteve presa nos primeiros 18 anos de vida foram preditores independentes de MTE, enquanto abuso sexual foi preditor tanto MTE como de persistência no crime. Negligência emocional e ter vivido com alguém com doença mental foram preditores de problemas psicossociais, enquanto problemas mentais foram um mediador parcial da relação entre EAI e delinquência atual em adultos com histórico de MTE. Esta investigação também indica que jovens adultos com MTE têm piores resultados em dimensões sociais, académicas e criminais quando comparados com um grupo de controlo emparelhado, enquanto jovens adultos com MTE e história de internamento em centro educativo, têm valores significativamente mais elevados de escolaridade, e marginalmente significativos mais elevados em relação ao número de amigos presos e de delinquência juvenil atual. Por fim, os problemas de saúde mental atual, o uso de drogas e a escolaridade em jovens adultos com MTE correlacionaram-se de forma significativa ou marginalmente significativa com os indicadores criminais. Conclusões: Esta tese de doutoramento sugere que a maioria dos fatores que predizem o envolvimento em comportamentos antissociais juvenis estão presentes tanto em adultos que persistem como nos que desistem do crime. Mais ainda, somente o abuso sexual esteve relacionado com a persistência no crime na idade adulta, enquanto várias EAI estiveram relacionadas com envolvimento no sistema de justiça juvenil bem como com problemas psicossociais em jovens adultos. Esta investigação sugere a presença de efeitos de rotulação e de contágio por pares desviantes causados pelo sistema de justiça juvenil. Assim sendo, a melhor forma de promover a desistência do crime é prevenir a necessidade de aplicação MTE, e devido à relevância das EAI, os serviços de proteção de crianças e jovens talvez devam ser a primeira linha de intervenção no combate ao comportamento desviante. Por fim, os problemas de saúde mental foram um mediador entre EAI e a delinquência e estabeleceram a relação mais importante entre problemas psicossociais e indicadores criminais, seguido do uso de drogas e da escolaridade, em jovens adultos com história de MTE. Recomenda-se que as intervenções, tanto para ofensores jovens como adultos, se foquem problemas de saúde mental (incluindo problemas de adição) e no insucesso escolar.
TipoTese de doutoramento
DescriçãoTese de Doutoramento em Psicologia Aplicada
URIhttps://hdl.handle.net/1822/48611
AcessoAcesso restrito UMinho
Aparece nas coleções:BUM - Teses de Doutoramento

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