Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/45289

TítuloPresença na Internet das Câmaras Municipais Portuguesas em 2014: Estudo sobre Local e-Government em Portugal
Autor(es)Soares, Delfina de Sá
Amaral, Luís
Ferreira, Luís Miguel Santos
Leal, David
Palavras-chavee-government
avaliação
benchmarking
local government
ranking
Data2016
EditoraUniversidade do Minho. Gávea - Laboratório de Estudo e Desenvolvimento da Sociedade da Informação
CitaçãoSoares, D., Amaral, L., Ferreira, L. e Leal, D. (2016). Presença na Internet das Câmaras Municipais Portuguesas em 2014: Estudo sobre Local e-Government em Portugal. Gávea – Laboratório de Estudo e Desenvolvimento da Sociedade da Informação. Universidade do Minho, Guimarães.
Resumo(s)Este documento reporta o resultado do estudo efetuado aos sítios Web das câmaras municipais portuguesas, realizado com o intuito de retratar o estado da modernização Web das câmaras municipais e do nível da sua relação eletrónica com os munícipes. Trata-se da oitava edição de um estudo bienal que é realizado desde 1999 pelo GÁVEA – Laboratório de Estudo e Desenvolvimento da Sociedade da Informação, da Universidade do Minho. O período de recolha e avaliação a que se reporta este estudo teve lugar em finais de 2014 e início de 2015. O processo de recolha foi realizado por observação direta dos 308 sítios Web que se encontravam acessíveis para observação no período referido. Neste estudo, à semelhança das duas edições anteriores, foram identificados endereços Web para as 308 câmaras municipais existentes em Portugal. Além da observação direta dos sítios Web, para a avaliação do conjunto de critérios e indicadores, a recolha envolveu também o envio de mensagens de email para a Câmara Municipal e para os respetivos Presidente, Vice-presidente e 1º vereador da oposição dos 308 municípios. Os dados recolhidos foram validados e tratados. Este tratamento envolveu a tradução de cada um dos resultados da observação direta dos sítios Web para um sistema numérico de pontuação, variando entre 0 e 1, e posterior aplicação do conjunto de pesos definidos de forma a produzir o score final do índice de presença na Internet para cada câmara municipal. O tratamento das respostas às mensagens de email enviadas envolveu a análise da data e hora de receção das mesmas, com o intuito de determinar o tempo que demorou a ser dada a resposta, bem como a sua tipificação em relação à qualidade da resposta fornecida, nomeadamente se a resposta dada era díspar do questionado, se, não sendo díspar, era inútil, ou se era útil. Os dados, devidamente tratados e valorados, são analisados neste relatório de acordo com diferentes perspetivas. Para além da produção e análise do ranking global de presença na Internet das câmaras, efetuam-se análises segmentadas por dimensão da câmara e por grandes zonas (Ilhas-Litoral-Interior), por regiões NUTS II e por distrito. Efetua-se ainda a análise dos sítios Web em função de quatro grandes critérios, nomeadamente: Critério 1 - Conteúdos: Tipo e Atualização; Critério 2 - Acessibilidade, Navegabilidade e Facilidade de Utilização dos sítios Web; Critério 3 - Serviços Online; e, por último, Critério 4 - Participação O ranking global da presença na Internet das câmaras municipais, em 2014, apresenta como primeira classificada a Câmara Municipal de Alcochete. Em segundo lugar surge a Câmara Municipal de Arcos de Valdevez e, em terceiro lugar, a Câmara Municipal de Sesimbra. No que concerne ao Critério 1 – “Conteúdos: Tipo e Atualização” – que estuda os conteúdos disponíveis nos sítios Web das câmaras municipais a dois níveis, nomeadamente, a existência de determinados conteúdos considerados importantes e a atualidade desses conteúdos, na 1ª posição surge Ribeira Grande, sendo que na 2ª posição existe um empate pontual em três câmaras que obtiveram igual valor, nomeadamente, e por ordem alfabética, a Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos, a Câmara Municipal da Montijo e a Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira. No Critério 2 – “Acessibilidade, Navegabilidade e Facilidade de Utilização” – através de treze indicadores são analisados vários aspetos relacionados com a qualidade da utilização dos sítios Web, nomeadamente o posicionamento nos motores e busca, o tempo de carregamento da página, o acesso através de diferentes sistemas operativos, navegadores e dispositivos móveis. A acessibilidade para cidadãos com necessidades especiais, qualidade da navegação e existência de motor de busca interno são outros dos aspetos avaliados. Neste critério, como exemplo de melhores práticas, destaca-se na primeira posição a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, seguida, em segundo lugar, pela Câmara Municipal de Valença e, em terceiro, Ponta Delgada. O Critério 3 – “Serviços Online” – analisa os serviços que a câmara municipal disponibiliza ao cidadão através da Internet. Com este intuito, foram estudados alguns serviços camarários considerados representativos, nomeadamente: Autorização para inumação de cadáveres, Ocupação de espaço público  publicidade na via pública, Licenciamento para instalação de bomba de gasolina, Licenciamento de pequenas obras, Cartografia - requerer planta do PDM e Ocupação temporária de espaço público. Neste critério, e como exemplo de boas práticas, surge na 1ª posição a Câmara Municipal de Arcos de Valdevez. Na segunda posição posiciona se a Câmara Municipal de Alconhete e na terceira posição a Câmara Municipal de Mortágua. O último critério apresentado – Critério 4 “Participação” – é o que se dedica aos mecanismos de participação que as câmaras municipais disponibilizam ao cidadão, tendo sido avaliados seis indicadores: Canais de contacto para esclarecimento de dúvidas e envio de comentários e sugestões; Espaços Web1.0 criados para discussão e auscultação de opinião; Presença nas redes sociais; Participação ocorrências; Orçamento participativo e consulta do PDM. A Câmara Municipal de Fundão é a primeira classificada neste critério. Classificam-se em segundo lugar três câmaras municipais com a mesma pontuação: por ordem alfabética, Câmara Municipal de Melgaço, Câmara Municipal de Valença e Câmara Municipal de Vila do Bispo. A recolha de dados efetuada neste estudo envolveu também o envio de mensagens de correio eletrónico, num total de 5 mensagens para cada câmara municipal. O número de mensagens dirigidas aos destinatários governativos que ficou sem resposta continua a ser muito superior ao número de mensagens dirigidas aos serviços. Como revelam os números, apenas 135 (43,8%) dos Presidentes de Câmara responderam à mensagem (apesar de tudo, um valor bastante superior ao registado na edição anterior: 76, ou seja, 24,7%). Por outro lado, apenas 114 (37%) dos vice-presidentes o fizeram (em 2012 tinham sido 72, ou seja 23,4%), e, apenas 111 (36%) dos vereadores da oposição responderam (contra os 28 que tinham respondido na edição de 2012, ou seja 9,1%). Ainda relativamente à resposta aos emails, outra análise relevante diz respeito ao tempo demorado a concretizar a resposta. O tempo médio de resposta da mensagem simples dirigida aos serviços, 49 horas (em 2012 foram 52 horas) é substancialmente menor do que o tempo médio de resposta da mensagem complexa onde se registaram, em média, 159 horas (em 2012 foram 228 horas). Esta situação é, até certo ponto, compreensível, dado o facto da segunda carecer de ser reencaminhada entre serviços, algo que consome obrigatoriamente mais tempo. O tempo de respostas dos responsáveis políticos situam-se nas 29, 54 e 32 horas, por parte do Presidente, Vice-Presidente e 1º verador da oposição, respetivamente (os tempos em 2012 situaram-se nas 72, 38 e 108 horas). Este estudo evidencia que continuam a verificar-se excelentes exemplos de presença na Web em autarquias com características e contextos muito diversos. Ainda mais importante que o contexto, é a capacidade dos seus dirigentes e profissionais continuarem, por um lado, a desenvolver estratégias inovadoras tendo em vista a melhoria contínua dos serviços disponibilizados aos cidadãos e às empresas e, por outro, a melhorar as suas interações com os cidadãos através da Internet.
TipoRelatório
URIhttps://hdl.handle.net/1822/45289
ISBN978-989-98010-4-2
AcessoAcesso aberto
Aparece nas coleções:DSI - Sociedade da Informação

Ficheiros deste registo:
Ficheiro Descrição TamanhoFormato 
EstudoCamarasMunicipais2014_Pub2016_FINAL.pdf14,73 MBAdobe PDFVer/Abrir

Este trabalho está licenciado sob uma Licença Creative Commons Creative Commons

Partilhe no FacebookPartilhe no TwitterPartilhe no DeliciousPartilhe no LinkedInPartilhe no DiggAdicionar ao Google BookmarksPartilhe no MySpacePartilhe no Orkut
Exporte no formato BibTex mendeley Exporte no formato Endnote Adicione ao seu ORCID