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https://hdl.handle.net/1822/39710
Título: | Microenxertia em castanheiro |
Autor(es): | Barros, Joana Catarina da Silva |
Orientador(es): | Cunha, Ana |
Data: | 2015 |
Resumo(s): | Condições climatéricas adversas, doenças e pragas condicionam, todos os anos, a produtividade de espécies fruteiras, espécies cultivadas com enorme importância alimentar e económica. Estas perdas, aliadas ao crescimento atual da população mundial (The World Bank,
2014), tornam cada vez mais premente encontrar soluções que permitam obter plantas de elevada qualidade e produtividade.
O castanheiro, para além do seu fruto muito apreciado, a castanha, tem elevada
importância económica devido ao valor da sua madeira e dos compostos que podem ser
extraídos das folhas e casca (Borges et al., 2008; Vilas Boas, 2015). Em Portugal, é uma das
espécies de árvores de fruto mais exportadas. Porém, no ano de 2014, a produção desceu para
18 465 toneladas (-25,4% face a 2013), um dos piores registos dos últimos 20 anos (INE,
2015).
Neste trabalho, pretendeu-se contribuir para a otimização da micropropagação de
diferentes variedades e híbridos e, em particular, estabelecer protocolos de microenxertia, tendo
testado várias metodologias de microenxertia e realizado ensaios de compatibilidade. Para isso,
procedeu-se ao estabelecimento de culturas in vitro de quatro híbridos (Castanea sativa x
Castanea crenata) e de uma variedade de castanheiro (Castanea sativa Mill.), tendo-se contudo
registado percentagens de contaminação elevadas. Nos ensaios de auto e hetero-microenxertia,
as percentagens de sucesso ficaram abaixo do desejado, apenas o híbrido HCD apresentou
resultados mais prometedores. O aparecimento de rebentos adventícios e axilares nos portaenxertos
foi um problema recorrente nos vários ensaios. Uma diminuição no teor de citocinina
no meio apenas reduziu esta proliferação de rebentos nalguns casos, sugerindo que o problema
também possa advir duma incompleta ligação vascular dos microenxertos. A observação de
cortes histológicos realizados na zona de ligação dos microenxertos, permitiu verificar que, de
facto, por vezes havia deficiente ligação entre os explantes microenxertados, devido a união frágil
ou excessiva proliferação celular indiferenciada. Contudo, os resultados mostraram que ambas
as técnicas de micropropagação (cultura in vitro de rebentos apicais e microenxertia de
castanheiro) apresentaram elevado potencial comercial. Deste modo, deverão ser continuados os
estudos/ensaios para otimização de protocolos comerciais de micropropagação de cultivares e
híbridos de castanheiro, em particular importa melhorar a capacidade de desinfeção de
explantes, a taxa de multiplicação de plantas e o sucesso das microenxertias. Adverse weather conditions, diseases and pests affect every year the productivity of fruit trees, plant species of major food and economic importance. These losses together with the pressure imposed by world population growth (The World Bank, 2014), makes imperative finding solutions to obtain high quality and productive plants. The chestnut, besides its fruit much appreciated – the chestnut – is of high economic importance due to its valuable wood and compounds that can be extracted from leaves and bark (Borges et al., 2008; Vilas Boas, 2015). In Portugal, it is one of the fruit trees species with higher exports. However, in 2014, production dropped to 18.175 tons (-25.4% compared to 2013), one of the worst records iof the last 20 years (INE, 2015). In this work, it was intended to contribute to optimize the micropropagation of different varieties and hybrids and, in particular, to establish micrografting protocols, having tested several methods and performed compatibility tests. For this, in vitro cultures of four hybrids (Castanea sativa x Castanea crenata) and a variety of chestnut (Castanea sativa Mill.) were established, having showed however high contamination percentages. Both in homo and hetero-micrografting, success was rather low, and only the hybrid HCD presented promising results. The emergence of adventitious and axillary shoots in rootstocks was a recurring problem. A decrease in cytokinin content in the culture medium just reduced shoots proliferation in some cases, suggesting that this problem may also result from an incomplete vascular connection between micrografted parts. The observation of histological sections performed in the bonding zone of micrografts, has shown that, in fact, sometimes there was poor connection between micrografted explants, either due to a fragile sealing or excessive undifferentiated cell proliferation. However, the results showed that both micropropagation techniques (in vitro culture of apical buds and chestnut micrografting) presented high commercial potential. Thus, studies to establish commercially viable micropropagation protocols od chestnut hybrids and varieties should be continued, particulary it matters to improve e explants desinfection capacity, plants multiplication rate and micrografting success. |
Tipo: | Dissertação de mestrado |
Descrição: | Dissertação de mestrado em Biologia Molecular, Biotecnologia e Bioempreendedorismo em Plantas |
URI: | https://hdl.handle.net/1822/39710 |
Acesso: | Acesso restrito UMinho |
Aparece nas coleções: | BUM - Dissertações de Mestrado DBio - Dissertações de Mestrado/Master Theses |
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Joana Catarina da Silva Barros.pdf Acesso restrito! | Dissertação de Mestrado | 1,81 MB | Adobe PDF | Ver/Abrir |